A PF e a CGU fizeram uma operação contra um esquema de descontos não autorizados feitos por associações em aposentadorias e pensões. Um negócio de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. A cabeça do presidente do INSS rolou a mando de Lula. "É difícil entender como uma fraude demorou tanto sem a administração pública tomar medida verdadeiramente eficaz", escreve Rômulo Saraiva. "Expertise em tomar medidas drásticas o INSS já possui de sobra, pois é exímio na operação pente-fino em cortar benefícios de incapacitados, embora agora tenha sido comedido em frear a roubalheira". Adriana Fernandes faz coro: "A fiscalização do INSS falhou e também a regulação do governo. O caso é emblemático porque mostra que há muito o que fazer para combater as fraudes no INSS e pouca disposição política até agora". Josias de Souza acha que a demissão de Alessando Stefanutto é insuficiente: " O presidente da República faria melhor se enviasse para o olho da rua também o ministro Lupi. Nunca tão poucos fizeram tanta besteira na pasta da Previdência". Leonardo Sakamoto aponta a importância de distinguir as associações trabalhistas honestas das que promovem falcatruas. "Sindicatos que operam dentro da lei temem que a operação seja instrumentalizada para atacar o seu financiamento", alerta. "Seria um bom momento para algumas confederações atuarem mais fortemente para separar o joio do trigo, isolando os sindicatos que atuam de forma bandida antes que a importante representação dos trabalhadores, responsável por conquistas civilizatórias ao longo dos últimos séculos, sucumba e seja cremada pelo discurso que defende que direitos são concessões de empresário bonzinho". Para assistir, em vídeo, à opinião de colunistas do UOL sobre o tema, clique aqui. |