Colocando os pingos nos is
Ser progressista significa adotar uma visão política e social que busca promover mudanças e reformas destinadas a melhorar a sociedade. Os progressistas geralmente defendem a justiça social, a igualdade, os direitos humanos e a inclusão, apoiando políticas que favorecem a redistribuição de renda, a proteção ambiental, a educação acessível, a saúde pública e os direitos das minorias.
Em essência, ser progressista é acreditar que a sociedade pode e deve evoluir continuamente para ser mais justa e equitativa para todos. Isto nada tem a ver com direita ou esquerda.
Não há explicação racional para o motivo pelo qual a Palestina se tornou uma causa progressista de topo sem o devido aprofundamento. Para mim o palestinismo assim como está constituído na "Palestina" e em todo o mundo, é sem dúvida o movimento mais pouco progressista do planeta. A questão é querer se aprofundar o que muitos não desejam por acomodação ou por mera conveniência fruto de uma relação maculada com a intolerância.
Simplesmente porque não há um caso progressista para a Palestina.
Há aqueles que argumentam que você não pode ser feminista ou ativista a menos que apoie cegamente a "Palestina" e denuncie Israel.
Tudo o que os progressistas afirmam endossar é traído e cuspido pelo palestinismo. O movimento nacionalista palestino é um movimento de libertação nacional, mas não é um movimento pela libertação das pessoas. Todas as evidências são de que os palestinos em uma Palestina independente apoiada pelo Hamas e pelo Irã não seriam mais livres e provavelmente menos livres do que são agora.
E raramente os ativistas progressistas expressam preocupação com esse pequeno problema ou procuram alterar o curso do movimento palestino totalitário e extremista com o qual eles assinaram ridiculamente um compromisso de adesão
Entao faz sentido incluir na agenda progressista a pauta da existência de um estado Palestino sem este questionamento?
A narrativa palestina falsamente agressiva culpa todos esses problemas e ate os mais comezinhos em função da "ocupação" de Israel. O conflito maior é um fator, obviamente. Mas se colocarmos toda a culpa em Israel e então a "Palestina" se tornar independente sob uma tirania violenta, misógina, homofóbica e antidemocrática, quem vamos culpar? Os progressistas nao enxergam isto?
Não se pode chamar de progressista e "pró-palestiniano" a menos que se condene a própria natureza do movimento e exija que ele se limpe do veneno que o permeia todos os seus aspectos . Em pelo menos num quarto de século isto tem sido a principal prioridade da política externa progressista, eclipsando todas as outras questões do planeta. Por que será? A intelectualidade progressista apropriada pela esquerda ja parou para se questionar?
Então vamos adotar uma perspectiva política progressista enraizada em valores antirracistas, anti-imperialistas, humanistas e interseccionais e comecemos a priorizar a liberdade, a dignidade e a autodeterminação dos palestinos.
Portanto ao defender o legitimo direito a um Estado Palestino cabe aos progressistas parar de criticar o governo de Israel e num primeiro momento liberta-los do terrorismo do Hamas e do fanatismo do Irã. Isto sim será progressismo. O resto para mim, antissemitismo.
* Claudio Lottenberg é presidente da Confederação Israelita do Brasil e presidente da Conib (Confederação Israelita do Brasil)
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