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PF ouve novos depoimentos de envolvidos na Operação Caixa de Pandora

Da Agência Brasil<br>Em Brasília

31/03/2010 08h35

Os depoimentos dos envolvidos no suposto esquema de corrupção no governo do Distrito Federal, que desencadeou a Operação Caixa de Pandora, continuam hoje (31) na Superintendência da Polícia Federal.

Devem depor, a partir das 9h, o servidor da Secretaria de Educação Masaya Kondo, a ex-mulher do governador cassado Mariane Vicentine, o ex-deputado distrital Júnior Brunelli, a deputada distrital Eurides Brito e o ex-secretário do DF Roberto Giffoni.

Ontem, o ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal (DF) Durval Barbosa prestou depoimento e, amparado por um habeas corpus, não respondeu às perguntas dos deputados distritais. Autor das denúncias do esquema de corrupção desarticulado pela PF na Operação Caixa de Pandora, ele afirmou que o ex-governador José Roberto Arruda deve explicações à sociedade.

Foi a primeira aparição pública do ex-secretário desde que a operação foi deflagrada. Bastante abatido, ele disse que a sociedade precisa agora ouvir Arruda.

Durval afirmou que teve coragem de se autoincriminar por não aguentar os “achaques” de Arruda e do ex-vice-governador Paulo Octávio. “Eu tive a iniciativa de me livrar desse mal que estava me corroendo”, disse.

Com um acordo de delação premiada firmado com a Justiça, ele afirmou que já prestou mais de 40 depoimentos. “Já prestei mais de 40 depoimentos a quem eu realmente confio. A sociedade está ansiosa para ouvir o ex-governador Arruda, o ex-vice-governador Paulo Octávio, seus assessores, os secretários e os deputados envolvidos. Eu estou sob compromisso não aqui, mas lá fora. E eu não vou quebrar esse compromisso, não sou de quebrar compromisso. A sociedade tem muito mais vontade de ouvir Arruda se explicar, Paulo Octávio se explicar, como eu me expliquei”, disse.

Durval Barbosa negou que pretenda alcançar a posição de herói com as denúncias do suposto esquema de arrecadação e distribuição de propina no governo do DF. À CPI da Codeplan da Câmara Legislativa, Durval afirmou que “o rolo compressor” vai atingir todos os envolvidos no esquema.