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Mesmo com eleições indiretas, procurador-geral defende intervenção no DF

Camila Campanerut

UOL Notícias <br> Em Brasília

06/04/2010 14h00

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, diz estar convicto de que a melhor opção para o futuro do Distrito Federal é a intervenção federal. Para ele, o fato da votação ser decidida pelos 23 deputados que escolherão o novo governador e seu vice, sendo que pelo menos 10 deles foram citados no mesmo inquérito que investiga o caso de corrupção no DF, desqualifica a decisão.

O procurador foi à Casa Legislativa para defender o arquivamento do PL265/07, projeto de lei do deputado Paulo Maluf (PP-SP) que impõe penalidades severas aos integrantes do Ministério Público que cometerem excessos suas funções. A conhecida “Lei da Mordaça” pode entrar na pauta de votações desta semana.

"A idéia das eleições indiretas tem essa finalidade de enfraquecer o pedido de intervenção, mas ao contrário, o fortalece, porque coloca em pauta o colégio eleitoral, que em boa parte é formado por pessoas envolvidas no esquema. Com esses eleitores, que governador terá o Distrito Federal?", afirma Gurgel.

"A situação no Distrito Federal continua extremamente grave. Tem se passado uma aparência de normalidade, mas isso é só na superfície. O Ministério Público continua convencido de que a intervenção federal é a única alternativa", diz o procurador-geral.