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Advogados do governador do Amapá divergem sobre pedido de habeas corpus

O ex-governador do Amapá, Waldez Góes (esq.) e o atual governador, Pedro Paulo Dias, estão entre os 18 presos pela Polícia Federal durante operação para combater desvio de recursos públicos - 22.out.2002 - Folha do Amapá/Folhapress
O ex-governador do Amapá, Waldez Góes (esq.) e o atual governador, Pedro Paulo Dias, estão entre os 18 presos pela Polícia Federal durante operação para combater desvio de recursos públicos Imagem: 22.out.2002 - Folha do Amapá/Folhapress

Stênio Ribeiro

Da Agências Brasil

12/09/2010 16h52

Veja o que a PF apreendeu na operação

Os advogados do governador do Amapá, Pedro Paulo Dias, que está detido na Polícia Federal, em Brasília, desde a última sexta-feira (10), não apresentaram nenhum pedido de liberdade provisória ou de revogação da prisão temporária, até as 13 horas de hoje (12). As informações são da advogada Patrícia Aguiar, que é defensora exclusiva do governador.

A protelação do encaminhamento do pedido de habeas corpus à Justiça gerou, até, um “conflito de entendimento” entre Patrícia e o advogado Cícero Bordalo Júnior, que defende os interesses do governador e dos empresários envolvidos na Operação Mãos Limpas. A ação da Polícia Federal apurou indícios de desvio de recursos no governo do Amapá.

Cícero Bordalo Júnior é contrário ao fato de a advogada postergar a entrada do recurso, sustentando-se apenas na justificativa de que a prisão preventiva terminará na terça-feira (14). Ele lembrou que “pode terminar, ou não”, uma vez que a prisão preventiva de cinco dias pode ser prorrogada por igual período, se o ministro João Otávio Noronha, do Superior Tribunal Federal (STJ), assim entender. Foi ele quem assinou os mandados de prisão, busca e apreensão contra as 18 pessoas presas.