Saída de Erenice pode agilizar andamento de investigação da PF
A demissão de Erenice Guerra do cargo de ministra-chefe da Casa Civil nesta quinta-feira (16) pode acelerar o processo de investigação da Polícia Federal sobre as denúncias de tráfico de influência dentro do Palácio do Planalto.
De acordo com a assessoria de imprensa da PF, a polícia não muda em nada a linha de investigação, mas “se os fatos chegarem a ela [Erenice], o inquérito não teria mais esta formalidade de parar e esperar a autorização do Supremo [Tribunal Federal] para continuar”. Fora do cargo, Erenice não tem mais o foro privilegiado.
O inquérito foi aberto na última terça-feira (14), quando o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, disse que a apuração dos fatos iria focar em Israel Guerra, filho da ex-ministra, por suposto lobby em troca de propina.
A Comissão de Ética Pública da Presidência, que começou a investigar o caso no começo desta semana a pedido da própria Erenice, vai continuar com a apuração. Conforme o código de conduta do órgão, se comprovada a irregularidade com participação de Erenice, ela poderá receber "censura ética aplicável às autoridades que já tiverem deixado o cargo" e ainda, dependendo do resultado, poderá haver sugestão de "demissão à autoridade hierarquicamente superior".
A saída de Erenice foi anunciada oficialmente em entrevista coletiva concedida pelo porta-voz da Presidência, Marcelo Baumbach. Ela negou todas as acusações e afirmou que deixou o cargo para dedicar-se à sua defesa.
O secretário-executivo da Casa Civil, Carlos Eduardo Esteves Lima, é quem assume interinamente a função. A definição de quem assume a pasta deve sair na próxima semana.
Os nomes cotados para o posto são o do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e da coordenadora-geral do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), Miriam Belchior.
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