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Coordenador jurídico de campanha de Dilma nega relação com negociações de tráfico de influência

Camila Campanerut<br>Do UOL Notícias

Em Brasília

06/10/2010 12h45

O advogado do PT e coordenador jurídico da campanha da candidata petista à presidência Dilma Rousseff, Márcio Silva, prestou depoimento nesta manhã na Polícia Federal em Brasília. Ele negou que soubesse do teor das reuniões que eram feitas em seu escritório de advocacia. "Eu estou sendo ouvido por conta da menção ao meu nome mas não tive participação, não sabia da realização de runiões e não tenho relação com nenhuma das empresas que são citadas", afirmou.

Silva é sócio do escritório Trajano & Silva Advogados em parceria com Alan Trajano, que atuava no gabinete do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), reú no caso do mensalão, e Antonio Alves de Carvalho, irmão de Erenice Guerra. As denúncias são de que as reuniões fora da Casa Civil de suposto tráfico de influência seriam nesse escritório.

Ao contrário de Saulo e Israel Guerra, filhos de Erenice que depuseram ontem à PF, Silva falou como testemunha, não como investigado. Ele diz não ver nenhum componente político nessa denúncia, mas teme a repercussão negativa que isso possa ter no segundo turno. "Não há nenhuma relação desses assuntos com a campanha. Não há nenhuma preocupação, a não ser, evidentemente, aquelas de marketing. Mas isso não tem nada, nada, nenhuma relação com o setor jurídico da campanha", frisou. Ontem, Saulo e Israel Guerra permaneceram em silêncio durante o depoimento à Polícia Federal.

Outros depoimentos
Já foram ouvidos no caso Erenice o empresário Fábio Baracat, que também fechou negócio com a Capital, o ex-diretor dos Correios, Artur Rodrigues, que representava a MTA que contratou a Capital, além de Vinícius Castro, Sonia Castro, laranja na empresa de lobby, e Estevan Knezevic, ex-servidor da Casa Civil.

Na segunda-feira (4), a PF tomou o depoimento do ex-diretor dos Correios Marco Antonio Oliveira.