Casa Civil prorroga investigação sobre tráfico de influências na gestão Erenice
A Comissão de Sindicância da Casa Civil, que analisa as denúncias de tráfico de influências dentro da própria pasta, prorrogou em mais um mês o fim das investigações do caso, que resultou na saída da ex-ministra-chefe, Erenice Guerra, ex-braço direito da presidenciável Dilma Rousseff (PT). A decisão foi publicada nesta segunda-feira (18) no Diário Oficial da União.
Depois das denúncias, dois servidores já foram exonerados: o ex-assessor da Secretaria-Executiva da Casa Civil, Vinícius de Oliveira Castro, e Stevan Knezevics.
Mais investigações
Em paralelo com os trabalhos na Casa Civil, a Comissão de Ética da Presidência da República também analisa o caso, focado na participação de ministros, no caso, no envolvimento de Erenice Guerra. A suposta ligação da ex-ministra Dilma Rousseff nos episódios não está sendo tratada.
Na última sexta-feira (15), Erenice Guerra entregou à comissão os documentos pedidos, relativos à Declaração Confidencial de Informações (conjunto de documentos sobre patrimônio e relações pessoais exigidos de quem assume cargos públicos), além de sua defesa.
No mesmo dia, o relator do órgão, Fabio Coutinho, anunciou a rejeição do pedido da ministra de reconsideração da punição que haviam dada a ex-servidora de "censura ética", no último dia 17 de setembro. A punição era por não ter entregue os documentos necessários, logo que assumiu o comando da Casa Civil, em março deste ano.
Ainda na sexta-feira (15), Erenice Guerra entregou sua defesa à comissão.
As denúncias de tráfico de influência, lobby e pagamento de propina na Casa Civil ainda serão analisadas pela comissão. A reunião mensal prevista para esta segunda-feira (18) da Comissão de Ética foi cancelada por problemas de agenda de seus sete integrantes e, ainda não foi remarcada.
O próximo encontro do grupo será no dia 8 de novembro. A expectativa do relator da comissão, Paulo Coutinho, é que os trabalhos sejam finalizados no próximo mês.
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