Corregedoria da Câmara pode notificar Jaqueline Roriz ainda hoje
A deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) poderá ser notificada ainda hoje (16) pela Corregedoria da Câmara para que possa se defender da acusação de envolvimento em esquema de corrupção conhecido como mensalão do DF. O corregedor, deputado Eduardo da Fonte (PTB-PE), disse que dará início ao processo de notificação ainda hoje, assim que a presidência da Casa encaminhar o pedido de investigação.
Depois da notificação, Jaqueline terá cinco dias para se defender. O corregedor disse que pretende ainda analisar a fita em que a deputada aparece recebendo R$ 50 mil de Durval Barbosa, delator do esquema no Distrito Federal. “As imagens são fortes e a sociedade espera uma resposta em relação a isso”, disse.
O presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), afirmou que todas as denúncias relacionadas à Jaqueline Roriz serão investigadas, inclusive a de mau uso de verba de gabinete. Ela teria pagado aluguel de uma sala comercial para o marido com dinheiro da verba parlamentar. A prática é proibida pela Câmara.
Filha de Roriz aparece recebendo dinheiro do mensalão do DEM
“Todas as situações que tiverem relevância farão parte do processo”, disse. “Comprovada a utilização inadequada [dos recursos] vamos pedir
o reembolso”, acrescentou.
Marco Maia explicou que o parecer da Corregedoria, depois de aprovado pela Mesa Diretora, será encaminhado ao Conselho de Ética para embasar outro processo contra Jaqueline. O P-SOL vai protocolar hoje pedido de representação contra a parlamentar. Alega que Jaqueline feriu o decoro parlamentar e pede a cassação de seu mandato.
O partido rebate ainda a alegação de que, como a filmagem foi feita em 2006, quando Jaqueline ainda não era deputada federal, o processo não
teria validade. “A vida pública é um ato contínuo e deve ser regida pelo princípio da moralidade. É notório que mandatos exercidos anteriormente também embasam a conquista de mandatos contemporâneos”, alega o partido na representação.
Se for cassada, Jaqueline Roriz perde o mandato e os direitos políticos por oito anos. Se renunciar, também fica impedida de se candidatar pelo mesmo período.
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