Deputada Jaqueline Roriz confirma depoimento de funcionários no Conselho de Ética da Câmara

A deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF) afirmou na noite desta terça-feira (10) ao UOL Notícias que os três funcionários de seu escritório político: Williams Cavalcante de Oliveira, Keila Alves Franco e Leonardo de Moura Soares irão participar da audiência marcada para a manhã desta quarta-feira (11) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados.

A parlamentar confirmou ainda que o marido dela, o empresário Manoel Neto, não irá participar da mesma reunião do conselho. Neto e os três funcionários foram convidados a prestar depoimento sobre o processo que o conselho analisa contra a parlamentar por quebra de decoro parlamentar e uso indevido de verba de gabinete.
 
A deputada não quis fazer nenhum outro comentário sobre o andamento do processo contra ela na Casa, disse apenas que seus "advogados estão acompanhando".

As acusações registradas pelo PSOL contrárias à deputada foram feitas após a divulgação de um vídeo em que ela aparece ao lado do marido recebendo maços de dinheiro do delator do escândalo de "mensalão do DEM", o ex-secretário de relações institucionais do Distrito Federal, Durval Barbosa.  

Sobre a acusação de uso indevido de verba de gabinete, a defesa de Jaqueline argumentou que o dinheiro foi utilizado para o pagamento do condomínio do escritório político dela, que fora cedido pelo marido – o que não representaria qualquer irregularidade, uma vez que a própria Câmara havia aceitado essas despesas nas contas da deputada.

A abertura da primeira denúncia contra ela no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar foi feita em março e, pelo regimento da Câmara, o núcleo tem 90 dias de prazo para encerrar os trabalhos, que podem ser prorrogados, mas, se depender do presidente, o deputado federal José Carlos Araújo (PR-BA), eles devem encerrar até o fim de junho. “Pode ter certeza que faremos justiça neste caso e vamos concluir os trabalhos antes do prazo final”, afirmou Araújo.