Humala quer apoio de líderes latino-americanos para combater narcotráfico
Antes de assumir o governo do Peru em 28 de julho, o presidente eleito, Ollanta Humala, decidiu fazer uma série de viagens pelos países da América do Sul. Depois de visitar o Brasil, ele segue para o Paraguai, Uruguai, a Argentina e o Chile. Em uma segunda etapa, Humala afirmou que irá para o Equador, a Colômbia, Venezuela e a Bolívia, por último seguirá para os Estados Unidos.
Após reunir-se hoje (9) com a presidenta Dilma Rousseff, ele concedeu entrevista coletiva no Palácio do Planalto. Disse que existem ações que necessitam de parcerias multilaterais, como o combate ao narcotráfico e a segurança nas áreas de fronteira.
Sorridente e solícito, o presidente eleito evitou temas controvertidos, entre eles a proposta de revisão de um acordo como o que se refere ao potencial hidrelétrico na Amazônia peruana. Durante a campanha de Humala, alguns de seus aliados defendiam aumentar o valor pago pelo Brasil.
Porém, ao ser perguntado sobre o tema, ele afirmou apenas que quaisquer mudanças no acordo devem ser feitas com base em pesquisas de opinião com as comunidades envolvidas. “Esse tipo de investimento e mudança requer ouvir a opinião da comunidade”, disse.
O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, afirmou que durante o encontro de hoje entre Dilma e Humala ficou acertado que o Brasil oferecerá cooperação técnica em vários setores, principalmente nos programas sociais. De acordo com Garcia, os dois presidentes pretendem intensificar a vigilância nas áreas fronteiriças.
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