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PMDB aguarda chegada de Temer a Brasília para decidir sobre Novais

Luciana Lima<BR>Da Agência Brasil<br>Em Brasília

14/09/2011 14h32

O presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), disse que as lideranças aguardam a chegada do vice-presidente, Michel Temer, para decidir sobre a situação do ministro do Turismo, Pedro Novais. De acordo com Raupp, ele ainda não conversou com o ministro sobre as suspeitas de uso de recursos públicos para fins particulares.

"Estamos ainda aguardando os esclarecimentos e espero que sejam convincentes como da primeira vez", disse o presidente do partido, após acompanhar o governador de Rondônia, Confúcio Moura, em uma audiência com a presidenta Dilma Rousseff.

Temer estava em São Paulo e chega na tarde de hoje (14) a Brasília. Ele ainda se recupera de uma infecção alimentar que o levou ao hospital na segunda-feira.

Ao falar em “primeira vez”, Raupp se refere à Operação Voucher, feita pela Polícia Federal, que investigou um esquema de desvio de recursos públicos no Ministério do Turismo. Nessa operação, mais de 30 pessoas foram presas e afastadas da pasta. Já o ministro foi mantido no cargo.

A situação de Novais se complicou após as denúncias de que ele pagava, com recursos da Câmara, uma empregada doméstica e que sua mulher, Maria Helena de Melo, usava um servidor da Câmara como motorista particular.

Raupp evitou dizer se o PMDB segue no apoio ao ministro e rebateu as críticas de que, caso Novais peça demissão, é o terceiro do PMBD a deixar o governo. "Não se pode comprometer uma legenda por causa de uma pessoa. O PMDB tem 1.200 prefeitos, 8.600 vereadores", disse Raupp.

Caso peça demissão hoje, o ministro Pedro Novais é o quinto a deixar o governo em menos de nove meses e é o terceiro do PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer e maior partido da coalisão que elegeu Dilma. O primeiro a deixar o governo foi Antônio Palocci (PT-SP) que não conseguiu explicar a origem e o crescimento do seu patrimônio.

A saída de Palocci do governo provocou um vácuo na articulação política do Planalto e a presidenta Dilma Rousseff precisou fazer ajustes. Dilma trocou de lugar a atual ministra de Relações Institucionais Ideli Salvatti e o atual ministro da pesca, Luiz Sérgio.

Depois, o ex-ministro Alfredo Nascimento (PR), que dirigia a pasta dos Transportes, deixou o cargo em meio a suspeitas de superfaturamento de obras.

Após declarações na imprensa que irritaram a presidenta Dilma Rousseff, Nelson Jobim (PMDB) deixou a pasta da Defesa. Já Wagner Rossi (PMDB) saiu do Ministério da Agricultura em meio a denúncias de ter aceitado favores de uma empresa que tinha contrato com o governo.

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