Novo ministro do Turismo nega que ligação com Sarney o prejudique no cargo
O segundo nome do PMDB para assumir o Ministério do Turismo, o deputado federal Gastão Vieira (MA), avaliou nesta quinta-feira (15) que a proximidade dele com o presidente do Congresso, José Sarney (AP) - assim como seu antecessor Pedro Novais tinha - não irá prejudicar em nada a atuação dele na pasta.
“Absolutamente [não vai me prejudicar]. Sempre fui ligado à família [Sarney]. Ele sempre me respeitou como parlamentar e sempre exerci os cinco mandatos [de deputado federal] com independência”, afirmou Vieira durante o fórum nacional do PMDB.
ANÁLISE
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Segundo ele, que ainda fala como parlamentar, a prioridade na sua gestão será o apoio para a realização dos dois maiores eventos esportivos no Brasil: a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016. “A prioridade é fazer com que o ministério tenha uma participação bem forte no evento da Copa que, aliás, é um papel do ministério e ele precisa exercê-lo”, reiterou.
Com a posse prevista para esta sexta-feira (16), Vieira antecipou que, na conversa com a presidente Dilma Rousseff, sugeriu a criação de dois projetos com parceria com outros ministérios. O primeiro visa formar um programa em parceria com a área de educação e outro com agricultura e assuntos estratégicos - ambos de formação e capacitação para trabalhadores em todo país.
Suspeitas de corrupção
Vieira assegurou que seguirá “a recomendação dos órgãos competentes” que estão investigando os casos de convênios irregulares, obras superfaturadas e envolvimento de servidores da pasta em esquemas de corrupção.
“Se há problema de corrupção, está sendo apurada pelos órgãos competentes e a recomendação dos órgãos será claramente adotada pelo ministro [ele mesmo]”, afirmou.
O peemedebista destacou ainda que está consciente de que os recursos do ministério foram reduzidos dentro de uma série de cortes - como medida de contingenciamento do governo - e, que uma de suas tarefas, será buscar mais recursos para recompor o orçamento.
A saída de Pedro Novais do Ministério do Turismo nesta quarta-feira (14) é a quinta baixa em menos de nove meses de governo da presidente Dilma Rousseff, e o segundo nome de um partido aliado, o PMDB, envolvido em escândalos de corrupção.
Além de Novais, já deixaram o governo diante de suspeitas de corrupção o peemedebista Wagner Rossi, da Agricultura, Antonio Palocci (PT), da Casa Civil, Alfredo Nascimento (PR), dos Transportes, e Nelson Jobim (PMDB), da Defesa --que deixou a pasta após declarações públicas que desgastaram a relação dele com o PT.
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