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Presidente da CPI do Cachoeira nega pedido para Protógenes deixar comissão

O deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) foi pego em conversas telefônicas com um dos investigados pela PF - Lula Marques/Folhapress
O deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) foi pego em conversas telefônicas com um dos investigados pela PF Imagem: Lula Marques/Folhapress

Camila Campanerut

Do UOL, em Brasília

02/05/2012 15h09Atualizada em 02/05/2012 15h16

O presidente da CPI do Cachoeira, Vital do Rêgo (PMDB-PB), negou nesta quarta-feira (2) o pedido do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) que questionava a participação do deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) como integrante da comissão que vai investigar a relação do bicheiro Carlinhos Cachoeira com parlamentares.

A presença era questionada já que grampos da Polícia Federal teriam mostrado Protógenes em conversas com um dos investigados do caso, Idalberto Araújo, o Dadá. Cunha Lima argumenta que a participação de Queiroz configura um “conflito de interesse”.

Vital do Rêgo , no entanto, rejeitou a questão de ordem com a justificativa de que não cabe à presidência decidir quem iria compor à CPI –os integrantes foram indicados pelas lideranças partidárias. Com isso, sobra ao parlamentar levar a questão à presidência do Congresso Nacional.

Queiroz, presente à comissão, defendeu-se: “A minha participação é legítima, legal e constitucional”. O deputado lembrou ainda que ele foi o autor do primeiro pedido de criação de uma CPI na Câmara para investigar as relações de Cachoeira.

Em conversas obtidas pelo jornal “O Estado de S.Paulo”, Dadá seria orientado pelo deputado a dificultar a investigação da corregedoria da PF sobre supostos desvios sobre outro caso, a Operação Satiagraha, que resultou na prisão do banqueiro Daniel Dantas.

Na ocasião, o deputado disse desconhecer os áudios publicados pelo jornal e afirmou que o material estava “completamente fora do contexto do caso Cachoeira”.