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Conselho de Ética da Câmara rejeita abertura de processo contra Protógenes Queiroz

O deputado Protógenes Queiroz (SP) é ex-delegado da Polícia Federal e está em seu primeiro mandato - Lula Marques/Folhapress
O deputado Protógenes Queiroz (SP) é ex-delegado da Polícia Federal e está em seu primeiro mandato Imagem: Lula Marques/Folhapress

Marise Lugullo

Da Agência Câmara

11/07/2012 15h15

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar rejeitou nesta quarta-feira (11) a abertura de processo, pedida em representação do PSDB, contra o deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP). Os deputados que integram o colegiado rejeitaram o parecer do relator, deputado Amauri Teixeira (PT-BA), que pedia a abertura de processo, por 18 votos contrários, um a favor e uma abstenção.

A representação do PSDB pedia a abertura de processo para investigar as relações de Protógenes com Idalberto Matias Araújo, conhecido como Dadá, ex-sargento da Aeronáutica e acusado de ser o "araponga" da organização comandada pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Escutas da Polícia Federal na Operação Monte Carlo flagraram Protógenes em 2011, quando já era deputado, dando orientações a Dadá sobre como proceder como testemunha de um processo aberto pela corregedoria do órgão que investigava a atuação dele como delegado.

Defesa

Em sua defesa, Protógenes lembrou que foi autor do pedido de instalação da CPMI do Cachoeira e que, portanto, seria incoerente atribuir a ele qualquer relação com o esquema. Protógenes argumentou que a aprovação do parecer do deputado Amauri Teixeira, a favor da abertura do processo, já seria sua condenação política.

Delegado da Polícia Federal (PF), Protógenes disse ter conhecido Dadá em 2007, durante um trabalho envolvendo os serviços de inteligência da PF e da Aeronáutica. Segundo ele, na época não havia nada que desabonasse a conduta do ex-sargento.