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Demóstenes deixa Senado após cassação; data de posse de suplente não foi definida

Camila Campanerut

Do UOL, em Brasília

11/07/2012 15h35

Antes mesmo de ser anunciado o resultado da votação que definiu nesta quarta-feira (11) pela cassação do seu mandato de senador, Demóstenes Torres saiu do plenário do Senado acompanhado de seu advogado de defesa, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. Eles seguiram para o restaurante dentro do plenário, mais conhecido como "cafezinho", de onde pegou o elevador e se encaminhou ao seu gabinete, que tem acesso direto à garagem do subsolo do prédio. Ele saiu do plenário sem falar com a imprensa.

O senador chegou a trocar rápidas palavras com seus assessores parlamentares, que se emocionaram. Ele partiu de carro, em companhia da mulher e de familiares, segundo o UOL apurou.

Alguns funcionários, que preferiram não se identificar, afirmaram que não sabem ainda se continuarão ou não exercendo as suas funções na Casa. Eles aguardam a chegada do novo senador, que deve ser o suplente Wilder Pedro de Morais (DEM), que decidirá quem fica e quem sai ou se monta uma nova equipe.

A Secretaria-Geral da Mesa do Senado, que, entre outras funções, assessora a Presidência da Casa, informou que o suplente precisará apresentar, dentro de 30 dias, documentos que incluem relação de bens e diploma da Justiça Eleitoral, para, então, poder tomar posse. A data para a posse deverá ser determinada pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). 

O Senado cassou o mandato de Demóstenes Torres por quebra de decoro parlamentar. A cassação veio pouco mais de quatro meses após a prisão do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, em uma operação da Polícia Federal que investigou as relações do bicheiro com vários políticos, policiais e empresários.

Foram 56 votos a favor da cassação, 19 votos contra, 5 abstenções e 1 ausência. Eram necessários 41 votos para que a cassação fosse aprovada.