Topo

Polícia da Câmara não esclarece a quem interessa fraude, diz Renan; sessão continua válida

Do UOL, em Brasília

13/09/2013 17h52Atualizada em 13/09/2013 18h01

Em nota oficial, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que não sabe "a quem interessa" a fraude que ocorreu na sessão conjunta do Congresso Nacional que derrubou os vetos da presidente Dilma à lei dos royalties. A fraude foi revelada nesta sexta-feira (13) em reportagem do "Congresso em Foco".

Investigação da polícia legislativa da Câmara constatou fraude na votação do dia 6 de março de 2013, em que foram derrubados os vetos presidenciais: houve a assinatura e o voto do deputado Zoinho (PR-RJ) que, naquele dia, estava no Rio de Janeiro.

"Em qualquer inquérito ou investigação a primeira pergunta a ser respondida é “a quem interessa o crime”. Infelizmente, a Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados não conseguiu responder a esta crucial indagação", diz a nota de Renan.

O senador confirmou também que a sessão do Congresso em que houve a irregularidade não será cancelada. "A sessão continua válida já que o voto mencionado não interferiu no resultado da votação. A urna onde foi depositado o voto do referido deputado continha 39 votantes. Ainda que toda a urna fosse anulada seria insuficiente para alterar o resultado final", justifica.

Veja abaixo a íntegra:

O presidente do Congresso Nacional espera e conta com o Ministério Público e com a Polícia Federal para que, com aprofundamento das investigações, analisem todas as hipóteses envolvendo o caso.

Em qualquer inquérito ou investigação a primeira pergunta a ser respondida é “a quem interessa o crime”. Infelizmente, a polícia legislativa da Câmara dos Deputados não conseguiu responder a esta crucial indagação.

As autoridades, agora envolvidas no desdobramento da investigação, precisam, prioritariamente, identificar e apontar o autor do delito a fim de afastar a principal suspeita: a de fraude intencional com objetivo de anular a sessão.

O Congresso Nacional irá disponibilizar ao Ministério Público e à Polícia Federal tudo o que for necessário para elucidar a fraude e identificar o autor, incluindo videos, fotografias e quaisquer outros documentos em poder da instituição.

A sessão continua válida já que o voto mencionado não interferiu no resultado da votação. A urna onde foi depositado o voto do referido deputado continha 39 votantes. Ainda que toda a urna fosse anulada seria insuficiente para alterar o resultado final.