Com fracasso da Rede, deputado Miro Teixeira migra ao Pros para disputar governo do RJ
Pedetista dos tempos de Leonel Brizola, o deputado federal Miro Teixeira se filiou nesta sexta-feira (4) ao recém-criado Pros (Partido Republicano da Ordem Social), sigla pela qual pretende disputar o governo do Rio de Janeiro em 2014. “Ele já se filiou e é candidato ao governo”, confirmou o deputado federal Hugo Leal, presidente do Pros no Estado do Rio.
ONTEM...
O deputado Miro Teixeira acompanhou Marina Silva no julgamento do TSE, que indeferiu o registro da Rede
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Miro Teixeira (à esq.) ao lado do colega de Câmara e presidente do Pros fluminense, Hugo Leal, durante ato de filiação ao partido
A decisão de ingressar na legenda foi tomada após o fracasso da Rede Sustentabilidade, que não obteve registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo Leal, a não obtenção do registo pelo partido de Marina Silva e o convite para a candidatura ao governo foram decisivos para trazer Miro ao Pros.
“Aqui ele terá total independência. Pode ser candidato ao que ele quiser”, afirmou o presidente estadual do Pros em entrevista ao UOL.
De acordo com Leal, a expectativa do Pros é formar uma bancada com 23 ou 24 deputados federais. Até 16h desta sexta-feira (4), a Câmara dos Deputados informou que o partido já havia conquistado 13 cadeiras. O prazo termina amanhã (5).
Entre os nomes de peso, o Pros arregimentou o governador do Ceará, Cid Gomes, que trouxe consigo dezenas de militantes de seu grupo político. Cid deixou o PSB por não concordar com a candidatura de Eduardo Campos à Presidência da República.
O Pros esteve perto de fechar com o deputado federal Romário (RJ), mas o ex-atleta acabou acertando seu retorno ao PSB dois meses depois de deixar a sigla. Para Leal, as adesões ao partido superaram as previsões dos dirigentes.
Sexto partido de Miro
O Pros é o sexto partido no currículo de Miro, que é deputado federal desde 1971 --nestes 42 anos, só não esteve na Câmara na Legislatura de 1983-87. A primeira sigla de Miro foi o MDB, antigo PMDB, legenda de oposição ao Arena, que sustentou o regime.
Em 1980, o deputado migrou ao antigo PP. Em 1989, se filiou ao PDT de Brizola, partido que permaneceu por 15 anos. Em 2004, transferiu-se ao PPS, onde ficou por menos de dois anos. Miro teve uma breve passagem pelo PT, em 2005, antes de retornar ao PDT. O deputado foi ministro das Comunicações no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.
Caso a candidatura ao governo se confirme, Miro disputará o pleito com o vice-governador do Estado, Luiz Fernando Pezão (PMDB), candidato de Sérgio Cabral; o senador Lindbergh Farias, do PT; e o também deputado federal Anthony Garotinho, do PR.
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