Ao lado de governador tucano, Dilma critica antecessores em Curitiba
A presidente Dilma Rousseff (PT) aproveitou uma cerimônia de liberação de recursos para mobilidade urbana, nesta terça-feira (29), em Curitiba, para criticar gestões passadas sobre as condições de financiamento oferecidas pela União a Estados e municípios.
É a segunda vez, em menos de uma semana, que a petista, pré-candidata à reeleição em 2014, lança mão da estratégia ao lado de um governador tucano: hoje, ela falou ao lado de Beto Richa; na sexta (25), em São Paulo, a indireta aconteceu como governador Geraldo Alckmin.
"Desde 2007, recuperamos capacidade de planejar, de ter projeto, de repensar e, sobretudo, ter os recursos adequados aos projetos", afirmou a presidente, que completou: “O Brasil, durante muito tempo, não tirou nada do papel, não tinha financiamento".
A presidente esteve na capital paranaense para o anúncio de investimentos de R$ 5,3 bilhões para mobilidade urbana em Curitiba e região metropolitana. O recurso, cuja maior parte é proveniente do OGU (Orçamento-Geral da União), será destinado a ações como a construção de 17,6 km de metrô e a expansão do sistema BRT de ônibus, com a Prefeitura de Curitiba. Com o governo do Estado, o investimento vai para corredores de ônibus na região metropolitana.
Pelo menos R$ 1,4 bilhão do total de investimentos serão repassados por meio de financiamento de 30 anos, com carência de cinco anos e juros subsidiados –a exemplo do que havia sido feito com São Paulo, nos R$ 5,3 bilhões anunciados para expansão de trem e metrô na capital e Grande SP.
O discurso da presidente já havia sido reforçado, instantes antes de ela se pronunciar, pelo prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), e pelo ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro.
“Essa é a diferença entre o novo e o velho: concretizar aquilo que se diz. E hoje vem na forma de investimentos de R$ 5,3 bilhões”, discursou o ministro. “O plano de mobilidade trará o maior aporte de recursos que a cidade já recebeu em 20 anos", disse Fruet.
"Que jamais deixemos as diferenças partidárias se sobreponham ao interesse público", discursou o governador.
De acordo com o prefeito da capital paranaense, as obras do metrô têm início ano que vem.
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