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Apesar de estar na Câmara, família quer silêncio de Donadon, diz defesa

O deputado Natan Donadon (sem partido-RO) chegou por volta das18h20 desta quarta à Câmara para participar da sessão de votação do pedido de cassação do seu mandato. Ele chegou usando roupas brancas, que são exigidas pelo Complexo Penitenciário da Papuda, onde está preso há sete meses - Sônia Baiocchi/Câmara dos Deputados
O deputado Natan Donadon (sem partido-RO) chegou por volta das18h20 desta quarta à Câmara para participar da sessão de votação do pedido de cassação do seu mandato. Ele chegou usando roupas brancas, que são exigidas pelo Complexo Penitenciário da Papuda, onde está preso há sete meses Imagem: Sônia Baiocchi/Câmara dos Deputados

Do UOL, em Brasília

12/02/2014 20h03

Um dos advogados do deputado Natan Donadon (sem partido-RO), Michel Saliba, disse que a família do parlamentar não quer que ele se defenda da cassação no plenário da Câmara "para evitar exposição". Donadon cumpre pena no Complexo da Papuda, em Brasília, e responde a um processo de cassação a ser votado em plenário na noite desta quarta-feira (12). Ele chegou à Càmara por volta das 18h20.

Saliba afirmou que Donadon não queria vir à Câmara, mas a polícia interpretou a autorização da Justiça para que ele viesse como uma ordem. "Ele não queria vir, mas já que está aqui, pode falar, mas a família não quer que ele fale", disse o advogado.

"Ele não estava preparado, veio de moletom e calça jeans e, agora, a mulher dele está vendo se traz um terno", disse Saliba. Segundo ele, Donadon não chegou à Câmara algemado e aguarda o início da sessão para analisar sua cassação dentro da Procuradoria Parlamentar, que fica nas imediações do plenário.

Condenação

Natan Donadon foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 13 anos de prisão por formação de quadrilha e pelo desvio de cerca de R$ 8 milhões da Assembleia Legislativa de Rondônia. No ano passado, o Plenário manteve o mandato do parlamentar, mas ele foi afastado por decisão do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves.

Desta vez, a Câmara vai julgar o processo de quebra de decoro parlamentar iniciado pelo PSB logo depois da sessão do ano passado que manteve o mandato de Donadon. Pela primeira vez, um processo de cassação terá voto aberto no plenário.

A cassação do mandato de Donadon depende de 257 votos, ou seja, a maioria absoluta dos 513 deputados. Em agosto, o placar marcou 233 votos a favor da cassação, 131 contra e 41 abstenções. Se for cassado, Donadon deixará de ser deputado e o suplente, Amir Lando (PMDB-RO), será efetivado no cargo. (Com Agência Câmara)