Não teria problema em ser candidato a vice de Alckmin em SP, diz Kassab

O ex-prefeito de São Paulo e pré-candidato ao governo estadual, Gilberto Kassab (PSD), disse nesta terça-feira (13) que "não teria problema" em ser candidato a vice do governador e pré-candidato à reeleição, Geraldo Alckmin (PSDB). 

"Eu não teria nenhum problema em ser vice do governador Geraldo Alckmin. É uma pessoa digna, uma pessoa que tem uma folha de serviços prestados ao nosso Estado. Se em alguns momentos divergi dele, em momentos muito mais numerosos convergi", afirmou Kassab, em sabatina promovida pelo UOL, o jornal "Folha de S.Paulo", o SBT e a rádio Jovem Pan.

Em 2008, Kassab, então filiado ao DEM, e Alckmin disputaram a prefeitura da capital paulista. Representantes de partidos que tinham uma aliança histórica, os dois trocaram farpas e acusações durante a campanha. Em sabatina realizada pelo UOL, Alckmin afirmou que Kassab era "dissimulado".

"Disputei com ele em uma campanha de alto nível as eleições de prefeito de São Paulo. Venci as eleições, ele me apoiou no segundo turno e não ficou nenhuma mágoa porque dois anos depois eu o apoiei nas eleições para governador", declarou Kassab no evento de hoje.

"Não teria nenhum problema [em ser vice de Alckmin]. Seria algo coerente com o meu passado e com minha ação político-partidária", complementou Kassab. Perguntado sobre as chances reais de ser candidato ao governo de São Paulo, Kassab foi enfático: “Eu sou candidato. Pré-candidato", corrigiu.

Ontem (12), Alckmin  afirmou que o ex-prefeito "tem todas as qualificações" para ser candidato a vice em sua chapa.

Candidatura própria não é unanimidade no PSD, afirma o ex-prefeito

O ex-prefeito afirmou que a sua candidatura não é unanimidade no PSD. "A candidatura própria é majoritária, mas não é unanimidade", disse.

"Eu mesmo defendo a candidatura própria. Mas tem líderes importantes que fazem esse diálogo [negociam com o PSDB e o PMDB], não sou eu que faço esse diálogo, e que defendem essas posições [de não lançar candidatura própria]", falou.

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O PSD analisa se coligar com o PSDB ou com PMDB, do pré-candidato Paulo Skaf, na disputa em São Paulo. Kassab falou que tem ocorrido diálogo com os dois partidos e que não há "incompatibilidade ideológica" com nenhuma das legendas. A disputa em torno do ex-prefeito se deve ao tempo de TV a que o PSD tem direito, que é de cerca de 1min30s.

Apoiamos Dilma, mas o PSD é oposição ao PT em SP, diz Kassab

Na sabatina, Kassab reafirmou que apoia a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), mas enfatizou que seu partido faz oposição ao PT em São Paulo. "O PSD está em uma posição de oposição ao PT aqui em São Paulo. No plano federal, apoiamos a reeleição de Dilma", afirmou.

Kassab negou que haja incoerência do PSD em relação ao posicionamento diferente nos âmbitos estadual e federal. "O apoio a Dilma está vinculado à decisão partidária. A ampla maioria apoia Dilma", explicou. 

O ex-prefeito responsabilizou a legislação eleitoral por permitir alianças diferentes nos planos regional e nacional. "Essas questões estão mais vinculadas à legislação brasileira. Enquanto a legislação permite, vamos conviver com essas diferenças regionais", criticou, defendendo a reforma política.

Kassab foi o segundo pré-candidato ao governo de São Paulo sabatinado por UOL, "Folha de S.Paulo", SBT, e rádio Jovem Pan. O primeiro foi ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT). Alckmin e Skaf recusaram o convite feito.