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Após prazo, PT indica deputados para CPI mista da Petrobras

Fernanda Calgaro

Do UOL, em Brasília

22/05/2014 12h43Atualizada em 22/05/2014 20h44

Dois dias após o prazo, o deputado federal Vicentinho (PT-SP), líder do partido na Câmara, anunciou nesta quinta-feira (22) os nomes para preencher as vagas da sigla na CPI mista da Petrobras, integrada por deputados e senadores, que só deve ser instalada de fato no dia 28.

A demora da legenda para indicar seus membros faz parte de uma estratégia para adiar o início dos trabalhos da comissão, que o Planalto tenta evitar a todo custo. A comissão foi articulada pela oposição para investigar suspeitas de irregularidades envolvendo a estatal e, assim, fragilizar a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição em outubro.

Vicentinho "escala" integrantes petistas para a CPI da Petrobras

Como se apresentasse a escalação de um time de futebol, Vicentinho disse que, na “defesa”, ficará o “goleiro” Marco Maia (PT-RS) e, no “ataque”, Sibá Machado (PT-AC). O partido quer ainda que Maia seja o relator da comissão.

No “banco de reserva”, ficam Iriny Lopes (PT-ES) e Afonso Florence (PT-BA), que serão os suplentes.

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“Nosso cuidado em apresentar os nomes é que nós queremos os melhores para esse tipo de ação”, afirmou Vicentinho ao justificar a demora para fazer as indicações. “Vamos jogar bem”, acrescentou.

Para defender os interesses do Planalto, o partido contará ainda com o apoio de outros parlamentares, incluindo o próprio Vicentinho, Arlindo Chinaglia (PT-SP), recém-eleito vice-presidente da Câmara, e Henrique Fontana (PT-RS), que darão suporte nas discussões dentro da comissão.

Como o prazo para o próprio partido indicar os nomes terminou na terça-feira (20), eles terão de ser oficializados pelo presidente do Congresso e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O PT foi o último partido a apresentar os nomes na Câmara.

No Senado, os partidos da base aliada (PT, PMDB, PDT e PP) ainda não fizeram as suas indicações e caberá a Renan sugerir os nomes.

Uma CPI da Petrobras exclusiva do Senado já está em funcionamento com maioria de senadores da base governista. No entanto, a oposição tem boicotado as audiências em protesto por considerá-la chapa branca.