PSD apoia candidatura de Dilma; presidente ganha 1min40s a mais na TV
O PSD aprovou nesta quarta-feira (25), em convenção nacional, o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) no pleito de outubro. O evento, realizado em Brasília, contou com a presença da presidente.
A sigla decidiu, com 94,73% dos votos, selar a aliança com a petista. Com o apoio do PSD, Dilma terá cerca de 1min40s a mais de tempo de TV e rádio para a campanha. O PSD tem individualmente o terceiro maior tempo de TV e rádio na propaganda eleitoral.
O partido faz parte do governo Dilma com Guilherme Afif, que comanda a pasta da Micro e Pequena Empresa. O ministro afirmou em seu discurso que não irá “trair” Dilma, pois tem “caráter” -- Afif é vice-governador de São Paulo, ao lado de Geraldo Alckmin (PSDB), e a aliança do PSD com os tucanos em São Paulo tem sido fonte de rumores. “Juntos nós vamos chegar lá”, disse Afif.
Também nesta quarta-feira, há a promessa de que o PP aprove a adesão à reeleição de Dilma. Caso consiga a coligação, Dilma deverá ter cerca de 45% do tempo de propaganda na TV, considerando o tempo adquirido por todas as alianças. O tempo de TV é o principal instrumento de campanha eleitoral.
Dilma já recebeu o apoio oficial de PMDB, PDT e Pros e deve firmar coligação com PCdoB, PR e PRB até a próxima segunda-feira (30), prazo final para as convenções.
Em São Paulo, o partido não quis apoiar a candidatura de Alexandre Padilha (PT-SP) e deve lançar o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles (PSD-SP) como candidato ao governo de Estado.
A decisão sobre o lançamento da campanha deve ocorrer em 30 de junho. Meireles é bastante próximo ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e comandou o BC em seu governo por oito anos.
A informação sobre Meirelles foi antecipada nesta quarta-feira pelo blog do jornalista Fernando Rodrigues, colunista do UOL e da “Folha de S.Paulo”.
Durante a convenção, o presidente do PSD e ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, afirmou que a ampla maioria dos diretórios regionais optou pela adesão ao apoio a Dilma e minimizou as iniciativas que surgiram no partido com a intenção de apoiar o candidato Aécio Neves (PSDB).
“Uns [diretórios] fecham com o PT, outros com o PSDB, porque no Brasil nós não temos uma legislação partidária que verticalize as decisões. Eu sou a favor da verticalização. Sem a verticalização, as circunstancias locais prevalecem sobre a nacional para todos os partidos”, declarou Kassab.
No último sábado (21), Kassab foi vaiado ao ser anunciado durante convenção do PT em Brasília. O ex-prefeito, que era do DEM, tem a antipatia de dirigentes petistas em São Paulo, que fizeram oposição ao seu governo durante sete anos, mas é aliado no campo federal do partido.
Ainda assim, o PSD ainda pode coligar com Alckmin, que tentará a reeleição em São Paulo, de acordo com o Painel da "Folha”.
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