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Mesmo com dissidentes, PMDB aprova apoio a Dilma nas eleições

Bruna Borges

Do UOL, em Brasília

10/06/2014 16h26Atualizada em 26/06/2014 14h32

O PMDB decidiu em convenção nacional do partido nesta terça-feira (10) manter a aliança com o PT firmada em 2010 e o apoio à presidente Dilma Rousseff à reeleição nas eleições de outubro. Será mantida a chapa atual com o Michel Temer como vice-presidente.

Segundo o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), foram apurados 398 votos para manter a aliança (59% do total), contra 275 que queriam a ruptura com o PT.

Nos últimos meses, alguns membros do PMDB ameaçaram romper a aliança. Esses dissidentes lideraram na Câmara dos Deputados uma rebelião contra o Palácio do Planalto e dificultaram votações de interesse do governo federal.

5.jun.2014 - O senador e pré-candidato à Presidência pelo PSDB, Aécio Neves (MG), chegou com mais de uma hora de atraso ao evento que oficializou chapa "Aezão" formada pelo PSDB e pelo PMDB do Estado do Rio de Janeiro, do governador Luiz Fernando Pezão, além de integrantes do PSD, em uma churrascaria da Barra da Tijuca - Reprodução/ Twitter PSDB - Reprodução/ Twitter PSDB
Um dos pontos de tensão entre o PT de Dilma e o PMDB foi a adesão de parte dos peemedebistas do Rio de Janeiro à pré-candidatura do senador Aécio Neves (PSDB), criando a chapa "Aezão".
Imagem: Reprodução/ Twitter PSDB

Para o grupo dissidente, o governo Dilma não incluiu o PMDB nas decisões de governo. Há também discordância da postura do PT por priorizar candidaturas próprias em alguns Estados.

Mais cedo, o vice-presidente da República, Michel Temer, minimizou a dissidência no partido afirmou que a manutenção da aliança com o PT quer “abrir as portas” para que no futuro o “PMDB ocupe todos os espaços políticos”.

“Não acredito nessas intrigas que me chegaram, tenho convicção de que aqueles que me disseram que iriam me apoiar vão continuar apoiando", disse Temer.

Em seu discurso após o anúncio do resultado do PMDB, Dilma fez ataques aos seus adversários na disputa dizendo que "querem surrupiar os nossos programas [sociais]".

"É como se o Brasil não se lembrasse do que importa. (...) Dizem agora candidamente, angelicamente que ninguém tem o monopólio daquilo que fizemos, apesar de termos feito sem ele. (...) Querem surrupiar os nossos programas", disse, sem citar nomes dos rivais.

Hoje, também em convenção, o PDT renovou seu apoio a Dilma no pleito de outubro.