Polícia e manifestantes se enfrentam no RS antes de votação do ICMS
Colaboração para o UOL, em Porto Alegre
22/09/2015 12h44Atualizada em 23/09/2015 07h54
A Polícia Militar usou a força para conter os manifestantes que ameaçavam entrar na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, na manhã desta terça-feira (22). O confronto ocorreu por volta das 11h30, na porta do Legislativo, no centro de Porto Alegre.
Os policiais utilizaram cassetetes e gás lacrimogêneo, e prenderam ao menos três pessoas. Há relatos de feridos leves.
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Sindicalistas e servidores tentam ingressar no prédio para acompanhar, à tarde, a votação do projeto do Executivo que aumenta a alíquota do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
Desde cedo manifestantes estão posicionados na praça da Matriz, em frente à Assembleia. Eles são contra os projetos do governador José Ivo Sartori (PMDB) de aumentar o imposto, que vai a votação na tarde de hoje.
O projeto apresentado por Sartori prevê, entre outras mudanças, a alteração da alíquota básica de ICMS no RS de 17% para 18%. Levando em conta todos os desdobramentos da medida, a previsão é de uma arrecadação extra de cerca R$ 2,1 bilhões para o Estado a partir de 2016 - sem considerar a parcela destinada aos municípios.
A proposta faz parte de um conjunto de medidas fiscais que vem sendo implementado pelo governo gaúcho na tentativa de combater a crise financeira estadual.
Apesar da chuva, o número de presentes na Assembleia é grande. Conforme os policiais, são cerca de 300 pessoas. Os servidores dizem que é ao menos o dobro.
Gradis de ferro foram posicionados em frente às portas da Assembleia para assegurar que a passagem não seja forçada. Além disso, a presidência da Casa requisitou que a Brigada Militar reforçasse a segurança. São cem homens do BOE (Batalhão de Operações Especiais) que estão a postos.
Por volta das 10h30, alguns manifestantes derrubaram as barreiras de ferro diante das entradas. Entoando gritos de ordem, como "a casa é do povo, o povo quer entrar", eles insistiam em ingressar no Legislativo e ocupar as galerias do plenário para a hora da votação.
Ao contrário de quarta-feira passada, quando propostas do Executivo foram votadas a portas fechadas, dessa vez a Casa liberou o acesso do público mediante senha. Mesmo assim, isso não contentou os servidores.