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Ao lado da mulher e do filho Michelzinho, Temer participa do desfile da Independência

Ao lado dos pais, Michelzinho participa de primeiro evento público Imagem: Renato Costa/Folhapress

Luciana Amaral

Do UOL, em Brasília

07/09/2017 09h37Atualizada em 07/09/2017 13h55

Ao lado da mulher Marcela Temer e do filho Michelzinho, o presidente da República, Michel Temer (PMDB), participou do desfile da Independência em Brasília, nesta quinta-feira (7). Ao contrário da primeira-dama, que costuma participar de eventos, esta foi a primeira vez que o filho do casal marcou presença em um ato público desde que o pai assumiu a Presidência, em março do ano passado. Não houve vaias tampouco aplausos na chegada da família presidencial.

O desfile foi acompanhado com atenção por Michelzinho, que segurou uma bandeira do Brasil a maior parte do tempo, e outras crianças, filhos de autoridades. Um dos momentos mais aplaudidos foi a apresentação do Batalhão da Guarda Presidencial. O grupamento é responsável pela segurança do presidente da República e protege o Palácio do Planalto a cada seis meses em revezamento com os Dragões da Independência.

Pelo segundo ano consecutivo, Temer chegou ao desfile em um carro fechado e sem a faixa presidencial, ao contrário de outros ex-presidentes.

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Tradicionalmente, os chefes do Executivo costumam desfilar em um Rolls Royce conversível da Presidência, de 1953, nas comemorações da Independência. Em 2016, em sua primeira semana como presidente efetivo, Temer foi vaiado e ouviu palavras de ordem como “Fora, Temer” e “golpista”, entre alguns aplausos.

O evento acontece no mesmo dia em que executivos da JBS devem prestar depoimento em Brasília para esclarecer uma gravação que colocou em risco a delação premiada que serviu de base para a denúncia contra Temer, posteriormente barrada pela Câmara. Uma segunda denúncia ainda é aguardada no meio político.

Marcela e Temer chegam ao desfile em carro fechado Imagem: Edu Andrade/Fatopress/Estadão Conteúdo

O desfile começou pontualmente às 9h e teve como tema "Viva sua Independência" para "exaltar a liberdade e as conquistas do povo brasileiro", segundo o governo.

O evento contou com a presença de ministros do governo: Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), Eliseu Padilha (Casa Civil), Raul Jungmann (Defesa), Torquato Jardim (Justiça), Sergio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional), Luislinda Valois (Direitos Humanos) e Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo).

Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), além do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), e o presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Ives Gandra Filho, também participaram do desfile.

No início do desfile, a Esquadrilha da Fumaça sobrevoou a Esplanada e escreveu "Pátria Amada" no céu.

Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, 20 mil pessoas compareceram ao desfile -- número pouco menor do que o esperado anteriormente, entre 25 e 30 mil. As arquibancadas, embora cheias, não ficaram lotadas. Cerca de 200 pessoas do "Grito dos Excluídos" ficaram em frente ao Museu Nacional em um protesto pacifico. A região central da capital ficou relativamente vazia, sem o registro de incidentes.

O desfile cívico-militar começou quando Temer passou em revista às tropas em frente ao Palácio do Planalto e autorizou o início do evento ao Comando Militar do Planalto. Algumas das músicas tocadas por crianças de escolas públicas foram "Além do Horizonte", de Roberto Carlos, e "Sorte Grande", de Ivete Sangalo.

Sem cartazes e placas

Com a justificativa de tentar garantir a visibilidade na Esplanada dos Ministérios para quem ia acompanhar o desfile da Independência, o governo barrou a entrada de pessoas com bandeiras de grande porte e com mastros, placas e cartazes nas arquibancadas.

Em contrapartida, 15 mil bandeirinhas seriam distribuídas para o público no local. Essa não é a primeira vez que a proibição acontece no desfile. Ano passado, no primeiro 7 de Setembro da gestão do presidente Temer, o mesmo procedimento foi adotado pela segurança.

Redução de custos

Diante da crise econômica e a defesa de reformas para conter os gastos públicos, o custo do desfile deste ano em Brasília foi o menor desde 2010, primeiro ano do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A empresa vencedora da licitação recebeu R$ 787,5 mil para montar toda a estrutura, como arquibancadas, segurança e alimentação para o espaço VIP do governo. No ano passado, o custo foi de R$ 1,1 milhão.

Gastos com o desfile:

2010 - R$ 1 milhão
2011 - R$ 900 mil
2012 - R$ 800 mil
2013 - R$ 830 mil
2014 - R$ 1,2 milhão
2015 - R$ 830 mil
2016 - R$ 1,1 milhão
2017 - R$ 787,5 mil

Fonte: Palácio do Planalto

A reportagem questionou a Presidência sobre a composição do coffee break a ser servido para autoridades e o reforço na segurança no local, mas a assessoria limitou-se a dizer que as especificações constam no edital lançado. O documento foi pedido, no entanto, a solicitação não foi atendida pelo Planalto.

A reportagem também perguntou quantas autoridades foram convidadas, mas a Presidência disse que, mesmo a dois dias do evento, "a lista ainda não estava fechada". Não há convidado de honra nesta edição.

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