Bolsonaro promete cortar ainda mais orçamento da Secretaria de Comunicação
Do UOL, em São Paulo
21/12/2018 08h21Atualizada em 21/12/2018 08h33
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) diz que pode ampliar a redução na Secom (Secretaria de Comunicação Social) do governo federal para o segundo ano de seu mandato. Para o ano que vem, a verba já será praticamente a metade em comparação com a de 2018, de acordo com o orçamento aprovado pelo Congresso.
"Revisaremos diversos contratos e reavaliaremos o quadro pessoal da Secom a fim de reduzir ainda mais o orçamento para 2020", escreveu Bolsonaro em suas redes sociais nesta sexta-feira (21).
Para 2019, a Secom terá um orçamento de R$ 150 milhões. Neste ano, o valor disponibilizado foi de R$ 277 milhões, quase o dobro da quantia prevista para o ano que vem.
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De acordo com Bolsonaro, o orçamento menor para a Secom servirá para mostrar "na prática os benefícios da correta aplicação de recursos públicos".
Na quarta-feira (19), o Congresso Nacional aprovou a LOA (Lei Orçamentária Anual) para 2019, que traz um planejamento de como e onde deve ser gasto o dinheiro público federal, tem como base o total arrecadado por impostos.
A equipe do governo do presidente eleito e o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, chegaram a se reunir com os relatores o orçamento.
A CMO (Comissão Mista de Orçamento) do Congresso aprovou uma peça orçamentária em que o valor total de despesa é de R$ 3,382 trilhões. O Orçamento prevê ainda que o PIB (Produto Interno Bruto) pode crescer 2,5% em 2019, com inflação pelo IPCA de 4,25%. Para o fim de 2019, o relatório considera a taxa básica de juros em 8% e o dólar a R$ 3,66.
O texto traz meta de déficit primário de R$ 139 bilhões para o orçamento fiscal e da seguridade social.
A peça orçamentária prevê ainda um aumento de 5,45% para o salário mínimo, que passa a R$ 1.006. Também estima investimentos de R$ 155,8 bilhões de reais, sendo que R$ 119,6 bilhões de reais correspondem ao orçamento das estatais. (Com Reuters)