Bolsonaro recebe dissidente cubano e fala em 'atrocidades' feitas por Cuba
O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), encontrou-se nesta quinta-feira (20) com um representante dos exilados cubanos nos Estados Unidos, Orlando Gutierrez-Boronat, na casa onde mora na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
"Recebendo o cubano Orlando Gutierrez, um dos principais denunciantes das atrocidades cometidas pela ditadura daquele país", afirmou o presidente eleito, em seu perfil no Twitter.
É o segundo compromisso do dia. Mais cedo, Bolsonaro se reuniu com representantes de igrejas evangélicas também dos Estados Unidos. Na agenda está prevista ainda um encontro com membros da Associação de Magistrados Brasileiros
A visita de Gutierrez ocorre dois dias depois de o presidente eleito afirmar que fará tudo que puder dentro da legalidade e da democracia contra Cuba e Venezuela, cujos regimes de esquerda ele critica.
Em uma transmissão ao vivo em uma rede social, Bolsonaro afirmou que não convidar os líderes dos dois países, a quem chamou de ditadores, é um exemplo do que pode fazer para apoiar os povos de Cuba e da Venezuela.
"Nós não convidamos o ditador cubano nem o ditador venezuelano, afinal de contas é uma festa da democracia, e lá não existem eleições e, quando existem, são suspeitas de fraude, então para nós não interessa", disse o presidente eleito.
"Tudo o que pudermos fazer, dentro da legalidade, dentro da democracia, contra esses países, nós faremos", acrescentou.
O futuro governo chegou a convidar os líderes dos dois países, mas depois desconvidou, numa disputa interna que levou ao afastamento do chefe de cerimonial da transição.
Filho propôs sediar tribunal sobre Cuba
Há doze dias, durante a Cúpula Conservadora das Américas, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), terceiro filho do presidente eleito, propôs que o Brasil sediasse um tribunal para julgar a cúpula do regime cubano por supostos "crimes contra a humanidade".
"Seria um motivo de satisfação para o Brasil, quem sabe, receber esse tribunal para julgá-los pelos crimes contra a humanidade cometidos pelo regime cubano", afirmou.
Na ocasião, Gutierrez pediu apoio público à proposta do parlamentar brasileiro.
"O comunismo é a morte porque ele desnaturaliza o ser humano".
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