'A esquerda chora', diz Eduardo Bolsonaro sobre a prisão de Battisti
Do UOL, em São Paulo
13/01/2019 04h34Atualizada em 13/01/2019 13h50
O deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, comemorou em seu perfil no Twitter a prisão de Cesare Battisti, capturado em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia.
"Assassinou policial, matou pai na frente do filho, atirou e deixou homem paralítico, foi condenado a prisão perpétua por 4 homicídios qualificados e fazia parte do grupo terrorista de esquerda na Itália PAC (Proletários Armados para o Comunismo). "Ciao Battisti", a esquerda chora!", escreveu o deputado.
Antes, o deputado escreveu que "o Brasil não é mais terra de bandidos". Em italiano, disse: "Matteo Salvini, o 'pequeno presente' está chegando", citando o ministro do Interior da Itália.
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Entenda o caso de Battisti
Battisti foi condenado na Itália por quatro assassinatos entre os anos de 1977 e 1979, quando integrava o grupo guerrilheiro PAC (Proletários Armados pelo Comunismo). Na Itália, Battisti foi condenado à prisão perpétua. Ele nega as acuações. O italiano fugiu e, em 2004, veio para o Brasil.
Ele foi preso no Brasil em 2007. Em 2009, o STF autorizou sua extradição, mas afirmou que a decisão final sobre entregá-lo ou não ao governo da Itália cabia ao presidente da República. Em seu último dia de governo, em 2010, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negou a extradição de Battisti.
Sob o governo Temer, o Ministério da Justiça abriu um processo para reavaliar a extradição. A defesa do italiano recorreu ao STF. O ministro Luiz Fux revogou decisão anterior que impedia a extradição e determinou a prisão do italiano.
Em 14 de dezembro, horas após um encontro com Bolsonaro, Temer assinou um decreto de extradição. Bolsonaro já havia se manifestado publicamente a favor da extradição. Battisti, então, passou a ser considerado foragido pela Polícia Federal, que não conseguiu prendê-lo.
(Com agências internacionais)