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Mar está revolto, mas céu é de brigadeiro, diz Bolsonaro

Hanrrikson de Andrade e Luciana Amaral

Do UOL, em Brasília

11/04/2019 09h37

Ao comemorar cem dias à frente da Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL) declarou hoje que o "mar está revolto", em referência às crises que o país atravessa, mas disse ter "certeza que o céu é de brigadeiro".

A metáfora inspirada em uma expressão militar recorrente na Marinha abriu o discurso do presidente em solenidade realizada no Palácio do Planalto para apresentar as metas cumpridas neste começo de gestão. Durante o evento, o mandatário assinou 18 decretos que pretendem simplificar e desburocratizar a administração pública.

Bolsonaro aproveitou uma fala do porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, que havia destacado algumas das ações do Executivo desde que o presidente tomou posse, em 1º de janeiro. Rêgo Barros observou que, apesar dos avanços defendidos pelo governo, o mar ainda estaria "revolto".

Como já fizera em discursos anteriores, Bolsonaro afirmou que, de vez em quando, "pergunta a Deus o que fez" para estar hoje na condição de presidente do país.

"Eu peço a ele mais que sabedoria. Peço força, coragem, determinação para que bem possamos cumprir juntos essa missão com esse país maravilhoso chamado Brasil."

Ao lado dos ministros de seu governo, Bolsonaro discursou a respeito dos 100 dias de sua gestão Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Ao abrir a solenidade, Rêgo Barros declarou que, em cem dias, o governo promoveu a "extinção de nada menos que 21 mil cargos e funções gratificadas" na administração pública, além da adoção de "regras mais rígidas para a contratação de servidores".

Também foram destacadas a implementação do 13º salário do Bolsa Família, a parceria com os Estados Unidos na operação da base de Alcântara e o encaminhamento ao Congresso da proposta de reforma da Previdência e do pacote anticrime e anticorrupção, entre outras ações.

Parte das 18 medidas anunciadas hoje pelo Executivo diz respeito a promessas de campanha de Bolsonaro na eleição do ano passado.

Uma delas é o pagamento do 13º salário para o Bolsa Família, benefício para famílias de baixa renda criado nos governos do PT. Também foi assinado projeto de lei complementar que propõe a autonomia do Banco Central.

Em janeiro, Bolsonaro lançou um documento que traçava 35 metas para os primeiros cem dias de gestão. O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), disse hoje que os alvos elencados tinham o intuito de "forçar o governo" a atingi-los e observou que alguns pontos ainda dependem de tramitação específica, e não apenas da vontade do Executivo. Apesar disso, declarou que a percepção do Executivo é que houve 100% de êxito.

Colunistas do UOL avaliam os 100 dias de governo Bolsonaro

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O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.


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