Bolsonaro diz que vai recorrer contra absolvição de autor de facada
Do UOL, em Brasília
14/06/2019 18h46Atualizada em 14/06/2019 19h18
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que vai recorrer da decisão da Justiça Federal que absolveu Adélio Bispo de Oliveira, autor da facada contra o então candidato à Presidência em setembro do ano passado.
A sentença proferida hoje considerou que o agressor tem problemas mentais, não tem capacidade para compreender o ato que praticou e, por isso, foi considerado inimputável.
Bolsonaro disse que vai recorrer da decisão e estuda pedir um novo laudo psiquiátrico.
"Custa para mim, porque tenho a causa pessoal. Custa caro isso daí. Um outro laudo custa caro, mas vou tentar o que é possível. Esse cara não pode ficar na situação que está", disse Bolsonaro a jornalistas na portaria do Palácio do Alvorada.
O presidente reafirmou que a facada que sofreu foi uma tentativa de homicídio encomendada.
"Todo mundo sabe que o circo foi armado. Tentaram me assassinar sim. Eu tenho a convicção de quem foi [o mandante], mas não posso falar", disse.
Bolsonaro também comparou o caso com o do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), assassinado, em 2002.
"Quase que eu fui, dada as devidas proporções, um outro Celso Daniel", afirmou.
A decisão do juiz Bruno Savino, da 3ª Vara Federal, em Juiz de Fora (MG), determinou a conversão da prisão de Adélio em medida cautelar, com internação em instituição psiquiátrica.
"Caso o Adélio queira falar quem pagou para ele tentar me assassinar, não tem mais valor jurídico. É isso que está acontecendo", declarou o presidente.