Partido Novo questiona Maia e quer nova votação para abuso de autoridade
O partido Novo ingressou hoje com um mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal) para questionar a votação que aprovou regras contra o abuso de autoridade. O texto votado pelos deputados ontem no plenário da Câmara é visto como uma maneira de pressionar atos da Lava Jato e impedir excessos por parte de juízes, policiais e procuradores.
O partido pediu ao STF que analise a votação de ontem. Eles justificam que foi solicitada uma votação nominal, mas que apesar de terem feito esse pedido dentro do que manda o regimento interno, foram ignorados pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia. A votação foi simbólica. O texto já tinha sido aprovado pelo Senado e será encaminhado para sanção ou veto presidencial.
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Apesar de o mandado de segurança ser assinado apenas pelo Novo, a tentativa de votação nominal, ontem, foi corroborada pelo Cidadania, por membros da bancada da bala e alguns deputados do PSL.
"Nós informamos ao presidente da Câmara [sobre a medida no STF], mas durante o processo de votação fizeram os requerimentos e questões de ordem, e restou muito claro que administrativamente não havia o interesse de dar a verificação nominal como nos assiste o regimento. Como não havia solução administrativa para esse caso, resolvemos ingressar no STF", disse o líder do partido, Marcel Van Hattem (Novo-RS).
O partido justifica que tinha o mínimo necessário de 31 deputados para pedir a verificação e fazer a votação nominal. Eles alegam que apresentaram à Mesa (que comanda os trabalhos na sessão) um requerimento assinado por 46 parlamentares, mas o pedido foi negado. Segundo o Novo, a Mesa justificou que não haveria tempo de fazer a verificação.
O partido, com boa penetração nas redes sociais, divulga vídeos do momento da votação para corroborar sua afirmação. Nos vídeos, eles fazem a indicação de que há o mínimo de deputados se manifestando a favor da votação nominal, quando Maia leva o texto para sufrágio.