Eduardo Bolsonaro vai a culto no local da facada e pede orações pelo pai
Daniel Leite
Colaboração para o UOL, em Juiz de Fora
06/09/2019 23h57Atualizada em 06/09/2019 23h57
Um culto em Juiz de Fora, com a presença do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), lembrou nesta sexta-feira a facada sofrida por Jair Bolsonaro há um ano durante a campanha eleitoral à Presidência na cidade mineira.
No alto de um caminhão de trio elétrico, em pouco mais de uma hora, discursaram Eduardo, um pastor, um padre, um policial militar que disse ter atuado na segurança da campanha no ano passado e dois representantes de um movimento mineiro de direita.
Pela primeira vez no lugar onde ocorreu o atentado contra o pai, Eduardo disse a homenagem a Bolsonaro não era "um momento político, mas num momento humano". Contou se lembrar das imagens vistas na TV do momento da facada. Chamou de "covardia" o crime e o agressor, Adélio Bispo, de "terrorista".
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Para ele, foi uma "intervenção divina" o fato de um policial ter conseguido bater na mão de Adélio. Neste momento, agradeceu policiais federais, civis e à paisana que prestaram socorro.
Pouco depois, porém, demonstrando estar emocionado, disse que, quando ficou sabendo, por telefone, da agressão ao pai, não entendeu como isso ocorreu com a presença de policiais no local.
"Mas como é que ele recebeu uma facada? Quinze policiais federais, poxa, vários colegas da Civil, da Militar que sempre fazem a escolta de graça dele, poxa, onde ele vai é muito querido", disse.
O filho do presidente, que chegou a se confundir ao falar da quarta cirurgia a que o pai será submetido no domingo (disse que é a terceira), pediu orações e lembrou a fala de Bolsonaro de que o dia 6 de setembro é o "segundo aniversário" dele.
Mais cedo, em Brasília, o presidente disse: "Hoje, meu aniversário, nascido em Juiz de Fora. Faz um ano. Muito obrigado à Santa Casa de Juiz de Fora. Estou vivo graças a Deus".
Ao final do culto, em Minas, foi executado o hino nacional, e músicas religiosas eram ouvidas nas caixas de som enquanto o público esperava Eduardo Bolsonaro descer do trio elétrico para tirar fotos com ele.
Na rua, o público comemorava com bolo e parabéns, gritava "Bolsonaro herói, agradecia pela vida do presidente e criticava a esquerda.
Antes de ir ao culto, Eduardo visitou a Santa Casa da cidade, onde o pai foi internado após a agressão. Já no trio elétrico, foi presenteado com uma camiseta de um movimento de direita.
Em sua fala de pouco mais de sete minutos, disse que o presidente é "paulista de nascença e mineiro de coração" ao agradecer os médicos do hospital responsáveis pelo primeiro atendimento.