Bolsonaro passa por exames e fará nova cirurgia: "dez dias de férias"
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) indicou, nas redes sociais, que deverá ficar "uns dez dias" afastado do cargo em razão de uma nova cirurgia. Ao UOL, o médico Antonio Macedo disse que "o presidente fará uma nova cirurgia para a correção de uma hérnia incisional" no local das últimas intervenções cirúrgicas. No próximo dia 6, completa-se um ano do ataque a facada sofrido pelo político durante a campanha eleitoral.
A cirurgia será realizada no dia 8 no hospital Vila Nova Star, em São Paulo. A necessidade foi constatada após uma consulta de rotina, quando o médico elogiou a saúde do presidente.
Segundo o médico Ricardo Peixoto Camarinha, da Presidência da República, o problema na hérnia aconteceu por conta de cirurgias anteriores de Bolsonaro, embora ele não tenha especificado qual. É o terceiro procedimento a que se submete Bolsonaro desde o ataque.
Ao anunciar seu afastamento do cargo nas redes sociais, Bolsonaro mostrou uma foto em que aparece ao lado dos médicos Macedo e Leandro Echenique.
Macedo lidera a equipe que acompanha Bolsonaro desde as cirurgias feitas em decorrência do atentado que o político sofreu em Juiz de Fora (MG).
"Agora em São Paulo com os doutores Macedo e Leandro. Pelo que tudo indica, 'curtirei' uns 10 dias de férias com eles brevemente", escreveu Bolsonaro no Twitter.
Bolsonaro viajou hoje a São Paulo para participar de um culto no Templo de Salomão, da Igreja Universal do Reino de Deus. Ele não fez declarações durante a cerimônia religiosa.
Filho do presidente, o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PSC) já disse nas redes sociais que estará junto ao pai: "Tudo vai dar certo". Outro filho do político, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), disse que seu pai "estará em excelentes mãos".
As últimas cirurgias de Bolsonaro em razão da facada foram no hospital Albert Einstein, também em São Paulo, onde Macedo trabalhava. Desde julho, ele atua no Vila Nova Star.
Problema é comum e cirurgia, simples, dizem médicos
Segundo dois médicos ouvidos pelo UOL, trata-se de uma cirurgia simples e mais superficial, diferentemente das anteriores.
O cirurgião Glauco Japiassu afirma que a hérnia pode acontecer mesmo em operações bem-sucedidas. "É um problema de cicatrização, não é culpa do médico, necessariamente", contou à reportagem.
Pedindo para permanecer sob anonimato, uma médica concordou com Japiassu. Acrescentou que operações feitas em emergência, como foi o caso da facada, e a quantidade de procedimentos pelos quais Bolsonaro passou favorecem o aparecimento desse problema. De acordo com ela, a hérnia nada mais é do que um "buraquinho" que aparece por falta de cicatrização.
Japiassu explica que o procedimento é abrir novamente o local da cirurgia e reforçar os pontos. O objetivo é estancar eventual dor percebida pelo paciente e também evitar que, futuramente, uma alça do intestino acabe sendo presa ali. "A cirurgia é só um reforço da parede abdominal", contou o médico.
Segundo ele, em tese, o próximo procedimento é mais simples mesmo com os dez dias de repouso previstos. Além disso, normalmente nem sequer é preciso chegar às camadas mais profundas e abrir a cavidade do abdome do paciente. "As cirurgias complicadas, ele já fez", avaliou Japiassu.
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