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Bolsonaro nega reforma ministerial e diz que Weintraub é "excelente"

O presidente Jair Bolsonaro discursa no Palácio do Planalto - EVARISTO SA/AFP
O presidente Jair Bolsonaro discursa no Palácio do Planalto Imagem: EVARISTO SA/AFP

Felipe Amorim

Do UOL, em Brasília

14/12/2019 16h57

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) negou hoje a intenção de fazer uma reforma ministerial no começo do próximo ano.

"Toda semana vocês [a imprensa] trocam um ministro meu", disse. "Não está previsto. Por enquanto não tem nada que me leve a trocar um ministro que seja", afirmou Bolsonaro.

Reportagem da Folha mostrou que o Planalto quer realizar alterações no primeiro escalão em 2020, com a troca de três ministros: Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Abraham Weintraub (Educação) e Bento Albuquerque (Minas e Energia).

Bolsonaro conversou com jornalistas na tarde de hoje, ao sair do Palácio da Alvorada, residência oficial da presidência, em Brasília.

Perguntado sobre a avaliação que faz do ministro da Educação, Bolsonaro disse ver como "excelente" o desempenho de Weintraub na pasta.

"Excelente", disse o presidente. "Um ministério bastante complicado, tomado pela esquerda há décadas, e [que estava] conduzindo a educação do Brasil num mau caminho, olha a prova do Pisa", afirmou Bolsonaro.

O presidente se referia à avaliação internacional do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), divulgada este mês. A avaliação mostrou que o desempenho dos estudantes brasileiros está estagnado desde 2009.

O Brasil aparece entre as 20 piores colocações no ranking internacional. Ao todo, foram analisados 79 países e territórios.

Os resultados, divulgados pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), são da edição de 2018 do exame e não dizem respeito à gestão de Jair Bolsonaro (PSL), que assumiu a Presidência em 2019.

No início da tarde, Bolsonaro deixou sua residência oficial para participar de uma confraternização de fim de ano oferecida pelo gabinete do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Dias Toffoli, em uma casa de eventos de Brasília.

Após a ida à confraternização, Bolsonaro visitou um funcionário do Planalto que sofreu um acidente e estava internado no Hospital das Forças Armadas.

Antes de voltar ao Alvorada, o presidente fez duas paradas na Esplanada dos Ministérios e na Praça dos Três Poderes para falar com policiais militares e turistas que pediram para tirar fotografias com ele.

Também hoje, o presidente disse a jornalistas que deve incluir policiais no decreto de indulto natalino.

O indulto é tradicionalmente publicado no final do ano por decreto presidencial que fica regras para o perdão ou abrandamento da pena de condenados que se enquadram em algumas regras, como tempo de prisão já cumprido ou tipo de crime.

"O indulto não é para determinadas pessoas. É para o tipo de [crime] pelo que ele foi condenado no passado", disse Bolsonaro. "Vai ter policial sim, vai ter civil, vai ter todo mundo lá. Agora, sempre esquecemos dos policiais, não é justo isso aí", afirmou o presidente, ao sair do Palácio da Alvorada na tarde de hoje.