Doria ataca Bolsonaro: 'Alguns preferem desprezar vidas'
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB) acusou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de fazer política com vidas ao lançar campanha para que as medidas de isolamento social sejam levantadas. Ele criticou o vídeo divulgado pelo Governo Federal com a hashtag #OBrasilNãoVaiParar.
"O Brasil pode parar para lamentar a irresponsabilidade de alguns, e chorar a morte de muitos. Nossa homenagem aos profissionais de saúde, aos cientistas, aos socorristas, aos brasileiros de bem que estão salvando vidas, enquanto alguns preferem desprezar vidas. Não é racional fazer política com a saúde. E a vida das pessoas. Especialmente as mais pobres, as mais vulneráveis", disse o governador.
Doria foi enfático ao questionar a decisão do Governo Federal em ir contra as alertas das autoridades de saúde. Citou o caso de Milão, na Itália, onde o isolamento foi interrompido e, um mês depois, o número de mortes disparou. O governador de São Paulo ainda criticou o uso de R$ 4,8 milhões para campanha publicitária do Planalto e disse que os recursos deveriam ser empregados em equipamentos hospitalares.
Ele também mencionou, o que considera, uma contradição do Governo Federal. Autoridades de saúde pedem reação de isolamento e o presidente age em outro sentido.
"A campanha que o governo está lançando hoje prega justamente o contrário. Afinal, temos um governo federal, ou dois governos? Um que acerta na sua política pública, um que acerta na política de saúde e outro que prega exatamente o contrário? Qual desses dois governos?"
Doria falou que é preciso saber quem será o fiador das mortes se o isolamento for derrubado. Num recado ao presidente, disparou: "Alguns preferem desprezar vidas."
O governador de São Paulo lembrou que o mundo está enfrentando uma crise global de saúde e que chefes de Estado de todo o mundo estão tomando providências de restringir a circulação de pessoas. Doria questionou se todos estão errados e somente Bolsonaro certo.
"Hoje, mais de 50 países estão em quarentena lutando contra uma pandemia, a pior crise de saúde do mundo nos últimos cem anos. Quase metade da população do planeta está recolhida".
Enquanto o governador e o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), concediam coletiva, manifestantes favoráveis a Bolsonaro faziam xingamentos do lado de fora do estádio do Pacaembu. O local abrigará um hospital de campanha e foi local da entrevista.
Doria chamou os manifestantes de agressores e disse que não tem medo de 01, 02, 03 04. Não tenho medo de Bolsonaro. Ele acusou o gabinete do ódio de promover conflagração. Ele registrou boletim de ocorrência de ameaça. Em seguida, chamou Bolsonaro de irresponsável.
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