Instituições se mostraram maduras, diz vice após absolvição de Moisés em SC
Luan Martendal
Colaboração para o UOL, em Florianópolis (SC)
27/11/2020 17h00Atualizada em 27/11/2020 17h00
Após a absolvição do governador de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva (PSL) no primeiro dos dois processos de impeachment contra ele, a governadora interina Daniela Reinehr disse que "as instituições se mostraram maduras para identificar possíveis erros e adotar medidas de controle suficientes e adequadas para a manutenção da democracia e do bem público".
Diante da decisão do tribunal especial misto, por 6 votos a 3, de livrar Moisés do impedimento, Daniela afirmou ainda que, solicitou ao chefe da Casa Civil que convocasse o secretariado para se apresentar e estar à disposição do governador, que estava afastado havia um mês.
Além da vice-governadora, a Fiesc (Federação das Indústrias de Santa Catarina, disse, por meio de nota, ter considerado que o fim do processo de impeachment devolve a estabilidade e a segurança jurídica necessárias para o bom andamento da atividade empresarial e o desenvolvimento econômico do estado.
"A decisão do Tribunal Especial de não afastar o governador Carlos Moisés coloca Santa Catarina novamente no caminho da normalidade institucional. O rito democrático, previsto na Constituição, foi cumprido e ratificamos que seguimos à disposição do governo para colaborar nas políticas voltadas ao desenvolvimento da indústria catarinense", diz a nota.
Já Fecomércio/SC afirmou avaliar que as instituições se mostraram sólidas no processo mesmo diante de um cenário de incertezas. "É preciso manter o alinhamento, assegurando protocolos seguros e fiscalização para garantir o pleno funcionamento das atividades econômicas", disse Bruno Breithaupt, presidente da Fecomércio/SC.
A líder do governo de Carlos Moisés na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), deputada Paulinha (PDT), comemorou o resultado do julgamento em uma rede social. "O retorno do Governador Moisés é muito mais do que uma vitória. É a correção de uma injustiça contra o povo catarinense, e que nesse momento foi abolida em definitivo!", disse.