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'Força Aérea cumpriu missão no dia D menos um', diz Bolsonaro sobre vacinas

20.jan.2021 - O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participa da cerimônia 80° aniversário do Comando da Aeronáutica, na Base Aérea de Brasília Imagem: Reprodução/Presidência da República

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, em Brasília

20/01/2021 11h20Atualizada em 20/01/2021 12h20

Apesar de críticas devido a erros de logística na distribuição da CoronaVac, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou hoje que a FAB (Força Aérea Brasileira) "cumpriu a sua missão no dia D menos um, e isso é orgulho", ao elogiar a participação da Aeronáutica na entrega do imunizante aos estados.

"Também a nossa Força Aérea, nessa primeira parte da entrega de vacinas no Brasil, cumpriu a sua missão no dia D menos um. Isso é motivo de orgulho, tendo em vista o seu planejamento, a sua organização, o seu patriotismo e seu sentimento de defesa dos direitos humanos, que vem da alma, vem do coração de cada militar da nossa Força Aérea", declarou o presidente durante a cerimônia pelos 80 anos do Comando da Aeronáutica, em Brasília.

No discurso, Bolsonaro fez referência a uma frase do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em 11 de janeiro. Na ocasião, sob pressão de governadores e prefeitos para explicar o porquê da demora para início da vacinação no Brasil, ele disse que a campanha de imunização começaria "no dia D e hora H".

A declaração gerou forte repercussão negativa em vários setores da sociedade. Lideranças no Parlamento e especialistas em saúde criticaram o planejamento confuso do ministério, que posteriormente divulgou que a vacinação começaria em 20 de janeiro, às 10h.

Mas com o aval da Anvisa ao uso emergencial, o estado de SP se antecipou e, em meio a uma disputa política entre Bolsonaro e o governador João Doria (PSDB), decidiu dar o pontapé da vacinação no país. A enfermeira Mônica Calazans foi a primeira pessoa a receber a aplicação da CoronaVac. A cena deixou Pazuello extremamente irritado.

No dia seguinte, com a pressão ainda maior de outros governadores, ele afirmou que a vacinação começaria já na segunda-feira (18). Mas nem todas as cidades conseguiram dar início à campanha de imunização, pois houve atrasos nos voos que levariam as doses.

Governadores que já estavam à espera da entrega em aeroportos ficaram a ver navios. A justificativa do ministro foi que houve "mudança de logística".

Na segunda-feira (19), aviões da FAB iniciaram parte do transporte das doses da CoronaVac para vários estados brasileiros, que continuou ontem. Foram 22 toneladas de carga, o que representa um terço de todo esforço logístico previsto para o abastecimento dos estados com a vacina contra o coronavírus, segundo informações do Ministério da Defesa.

Bolsonaro ainda lembrou o papel da FAB "no socorro aos nossos irmãos de Manaus, que passavam momentos difíceis". "E a nossa Força Aérea transportando em suas asas meios materiais e gente para socorrer nossos irmãos", disse, sem comentar sobre a situação de caos na saúde com a falta de oxigênio na capital amazonense para pacientes com covid-19.

Em um tom mais ameno, o presidente afirmou ainda que os que criticam o governo "perderão".

"Quando somos atacados, dependendo de onde vem esses fogos, estamos no caminho certo. Eu prego e zelo pela união de todos, pelo bem, pela paz e pela harmonia, mas os poucos setores que teimam em remar em sentido contrário, tenho certeza, vocês perderão. Hoje temos um governo que pensa no seu Brasil como um todo", finalizou.

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O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.


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