Marina Silva recebe a primeira dose da vacina contra a covid-19 no DF
Do UOL, em São Paulo
25/04/2021 11h17Atualizada em 25/04/2021 11h17
A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva recebeu a primeira dose da vacina contra a covid-19 ontem, no Distrito Federal. Com 63 anos, ela integra a faixa etária contemplada pela campanha de imunização da capital do país.
Muito feliz porque, dentro dos critérios da faixa de idade do Distrito Federal, pude tomar a primeira dose da vacina contra a covid-19. Mais uma vez o serviço público de saúde exerce papel fundamental em minha vida. Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente
Marina afirmou que segue na "luta" para manter um sistema público de saúde de qualidade para todos e enalteceu a ciência.
A ex-ministra que concorreu nas eleições para Presidente da República publicou uma foto com o cartão de vacinação preenchido nas mãos e um vídeo em que, após receber a dose do imunizante, ela comemora: "Viva ao SUS".
"Bolsonaro quer uma milícia na Amazônia"
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi alvo de críticas de Marina Silva, assim como o atual ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Na visão da ambientalista, ambos pretendem criar uma força paramilitar em favor do desmatamento ilegal da Amazônia.
"O que ele (Bolsonaro) quer fazer é criar uma milícia na Amazônia. A ambição do governo Bolsonaro é de ter o controle militar ou paramilitar na Amazônia para implementar as políticas nefastas na Amazônia", disse Marina em entrevista para a GloboNews.
Marina citou como "políticas nefastas" os incentivos ao avanço da pecuária extensiva e realização de "grandes projetos" relacionados à mineração.
O governo de posta ao lado dos contraventores, dos que fazem grilagem em terra política. Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente
As declarações de Marina Silva foram feitas após o pronunciamento de Bolsonaro na Cúpula dos Líderes sobre o Clima, que ocorreu na última quinta-feira (22).
O presidente mentiu durante a sua fala, alegando que aumentou recursos para fiscalização ambiental. Ele também apresentou dados sem contexto sobre a Amazônia e omitiu as taxas de desmatamento que ocorreram na região durante seu governo.