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Maia critica atuação do próprio partido na CPI da Covid: 'Uma pena'

Rodrigo Maia deve sair do DEM para ir ao MDB - Danilo M. Yoshioka/Futura Press/Estadão Conteúdo
Rodrigo Maia deve sair do DEM para ir ao MDB Imagem: Danilo M. Yoshioka/Futura Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

27/04/2021 17h00

O ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) criticou hoje a atuação de seu próprio partido na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid, que acaba de ser instalada e ainda não deu início aos trabalhos.

"E o DEM comandando a defesa de Bolsonaro na CPI da Covid. Uma pena", escreveu Maia em seu perfil no Twitter. O deputado se referia ao senador Marcos Rogério (DEM-RO), único do partido a integrar a comissão.

Marcos Rogério é vice-líder do governo no Congresso e foi considerado por alguns senadores contrários a Renan Calheiros (MDB-AL), que acabou sendo escolhido como relator, como um nome melhor para ocupar a relatoria da CPI. Da base de apoio a Jair Bolsonaro, Rogério seria mais simpático ao governo.

Esta não é a primeira vez que Maia expressa publicamente seu descontentamento com o partido ou colegas de legenda. Em fevereiro deste ano, ele trocou ofensas com o presidente nacional do partido, ACM Neto, após a derrota de seu candidato para a presidência da Câmara, o deputado Baleia Rossi (MDB-SP).

Após dizer que permaneceria no partido, no início de março Maia afirmou à revista Veja que deixará o partido. Desde o começo do ano se especula o destino do ex-presidente da Câmara, que chegou a ser cortejado por Fernando Henrique Cardoso para integrar o PSDB, mas na mesma entrevista de março ele informou que seu destino deve ser o MDB.

DEM também é alvo de Witzel

Quem aproveitou o desabafo de Rodrigo Maia foi o governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). Ele pegou carona nas críticas feitas pelo deputado e disse que o DEM ajudou a patrocinar seu impeachment.

"E aqui no RJ o DEM ajudou a patrocinar meu impeachment. Resultado: após meu afastamento são mais de 30 mil mortes em seis meses, vacinação atrasada e implantação de um governo negacionista", escreveu Witzel no Twitter, em resposta a Maia.