Zambelli e Doria discutem em palanque, e deputada diz: 'gritou feito louco'
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB) e Carla Zambelli (PSL) discutiram em cima do palanque durante entrega de unidades de um conjunto habitacional na manhã de hoje na Zona Leste de São Paulo. Enquanto a deputada discursava em favor de Jair Bolsonaro (sem partido), Doria a interrompeu e retrucou chamando o presidente de "genocida".
"Bolsonaro não fechou comércios, não decretou lockdown, não fez toque de recolher, e também não destruiu empregos.", disse a deputada federal durante o seu discurso.
Doria, que estava sentado ouvindo o discurso, a respondeu criticando o presidente.
"Destruiu vidas. Destruiu vidas, foi isso que fez o Bolsonaro, destruiu vidas. Genocida.", retrucou o governador.
Após ser interrompida, Zambelli chamou Doria de "deselegante" relembrou uma fala do governador que, em junho do ano passado, disse que a deputada "prefere engraxar as botas dos militares".
"Não se faz isso com uma mulher quando ela está no microfone. Mas é natural vindo de um governador que já mandou eu engraxar botas de militares. Eu prefiro engraxar botas de militares, como meu marido por exemplo é militar, engraxo com muito orgulho a bota dele para ele ir trabalhar e fazer a segurança das pessoas, do que ficar no discurso.", respondeu Zambelli após a intervenção de Doria.
Doria, por sua vez, mudou o tom quando foi ao microfone falar. O tucano afirmou que não faria "discurso de ódio" e cutucou falando que São Paulo "não é a terra da cloroquina".
Não farei discurso de ódio, Carla. Aqui é uma ação coletiva, para todos.", disse João Doria em resposta. "Sem politizar, sem brigar, e se ofender, mas quero dizer que aqui em São Paulo é a terra da vacina, não é a terra da cloroquina.", ele completou.
Em publicação nas redes sociais, a deputada federal comentou o assunto e afirmou que Doria "gritou feito um louco". Ela também pediu "mais amor" ao governador.
Não é a primeira vez que a deputada do PSL discute com João Doria. Ano passado, os dois trocaram farpas após Zambelli sugerir em entrevista para uma rádio que Doria seria um dos governadores na mira de investigações da Polícia Federal.
Na ocasião, Doria criticou a deputada e falou que ela prefere cumprir o papel de 'Mãe Dinah', famosa vidente brasileira que morreu em 2014.
"[O estado de São Paulo] não precisa de vitrola parlamentar ideológica e nem de uma deputada que prefere engraxar as botas dos militares, principalmente do seu chefe, o presidente da república", afirmou Doria durante entrevista coletiva realizada em junho do ano passado.
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