Maia chama Bolsonaro de covarde e diz que derrota é 'inevitável' em 2022
O ex-presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (sem partido-RJ), classificou Jair Bolsonaro (sem partido) como um "covarde" e disse que o presidente sabe que é inevitável a derrota em 2022.
As mensagens do parlamentar foram publicadas no Twitter e também demonstraram apoio ao ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Luís Roberto Barroso, que foi alvo de mentiras contadas pelo presidente.
Bolsonaro é um covarde. Sempre foi um pusilânime. Em 2018, atacava homossexuais, mulheres e qualquer um que pensasse diferente. Hoje, acrescentou à lista de ataques a urna eletrônica e o presidente do TSE porque sabe que a derrota é inevitável. Meu apoio irrestrito ao ministro Barroso Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara dos Deputados
As declarações de Maia acontecem no mesmo dia em que uma mulher foi presa por bater panela contra Bolsonaro. O caso aconteceu em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, cidade em que o presidente realizou mais uma motociata — eventos que reúnem dezenas de apoiadores para circular de moto em centros urbanos.
Segundo relatos nas redes sociais, ela estaria apenas batendo panela, mas a SSP-RS (Secretaria de Segurança do Rio Grande do Sul) afirma que a mulher ameaçou motociclistas, desobedeceu ordens policiais e tentou chutar oficiais da Polícia Militar.
Ao UOL, a SSP-RS disse ainda que a mulher de 47 anos foi conduzida à 2ª Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), onde assinou um termo e foi liberada.
Bolsonaro afronta Barroso ao ser contrariado sobre urnas
Bolsonaro declarou hoje, antes da motociata em Porto Alegre, que o presidente do TSE defende a pedofilia e que não deveria ocupar o papel de ministro, mas de parlamentar, para "defender suas bandeiras". No entanto, as afirmações do presidente distorcem o contexto dos fatos.
Foi diante dessas acusações de Bolsonaro que Rodrigo Maia prestou apoio em mensagens compartilhadas no Twitter ao ministro.
A estratégia política de Bolsonaro ao atacar Barroso tem como cenário o desejo do presidente em retomar as eleições com voto impresso, ato que o ministro é contrário.
Sem apresentar provas, Bolsonaro disse ontem e hoje que as eleições podem ser fraudadas porque as urnas eletrônicas não são seguras.
O chefe do Executivo federal declarou ainda que o ministro é um "idiota" por defender as urnas eletrônicas — mecanismo eleitoral reconhecido como um dos mais seguros do mundo.
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