PF abre inquérito para investigar ameaças contra Randolfe Rodrigues
Do UOL, em São Paulo
12/07/2021 15h46Atualizada em 12/07/2021 15h58
A Polícia Federal instaurou um inquérito para investigar as ameaças contra o vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), enviadas ao telefone celular pessoal do parlamentar, via WhatsApp. A decisão atende a um pedido feito em 18 de maio pelo presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), que também encaminhou prints das mensagens recebidas pelo colega.
O documento que anuncia a abertura do inquérito foi assinado na última sexta-feira (9) pelo delegado da PF Francisco Vicente Badenes Júnior e enviado à CPI. Nele, Badenes Júnior confirma que a investigação vai "apurar, em tese, o crime previsto no art. 147 do Código Penal [crime de ameaça], para tramitar sob a presidência da autoridade policial signatária".
No ofício enviado em maio, Aziz pediu à PF que investigasse "o cometimento de eventuais crimes" e reforçou que, caso tome conhecimento de novas ameaças a qualquer outro membro da CPI, "imediatamente encaminharemos novo ofício a esta Polícia Federal, para providências cabíveis com vistas à identificação de autoria e materialidade".
As ameaças enviadas à PF foram denunciadas por Randolfe Rodrigues no próprio dia 18 de maio, durante sessão da CPI da Covid. Na ocasião, os senadores ouviram o ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, sobre a atuação do Itamaraty na pandemia.
"Alguns colegas desta Comissão Parlamentar de Inquérito — eu creio que não devam ser todos — têm recebido nas suas comunicações pessoais, têm recebido no seu WhatsApp, e de diversas formas, diferentes tipos de ameaças, o que me parece ser claramente uma ação coordenada, presidente [Aziz]", relatou Randolfe.
"Diante da lei nº 1.579, presidente, acabei de oficiar a Vossa Excelência que encaminhe para a Polícia Federal o conjunto de ameaças que os membros desta CPI têm recebido para as providências devidas", completou.
Aziz, então, informou que a denúncia seria encaminhada no mesmo dia. "Isso daí está virando uma rotina, mas o papel nosso é continuar trabalhando aqui", disse o presidente da CPI.