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Polícia analisa caso do deputado que disse que vereadora merecia um tiro

O deputado estadual Amauri Ribeiro (Patriota-GO), durante sessão da Alego (Assembleia Legislativa de Goiás) - Reprodução/Facebook
O deputado estadual Amauri Ribeiro (Patriota-GO), durante sessão da Alego (Assembleia Legislativa de Goiás) Imagem: Reprodução/Facebook

Colaboração para o UOL

11/08/2021 16h03

A PCGO (Polícia Civil de Goiás) analisará o caso do deputado estadual Amauri Ribeiro (Patriota-GO) por suposta ameaça à vereadora Luciula do Recanto (PSD-GO). Em um discurso na semana passada na Alego (Assembleia Legislativa de Goiás), o deputado disse que a vereadora "merecia um tiro na cara".

A PCGO confirmou que Luciula fez um boletim de ocorrência ontem. "Dado que o autor possui imunidade parlamentar, a Polícia Civil analisa juridicamente os fatos, visando a adoção das medidas legais cabíveis", disse a PCGO em nota.

A fala de Amauri aconteceu na quinta-feira (5) quando o deputado defendia a propriedade privada e, nisso, disse que a colega poderia "invadir a casa de um cidadão".

A vereadora de Goiânia é fundadora da ONG (Organização Não Governamental) Recanto Anjos Peludos e é ativista pelo direito dos animais. O desentendimento, então, teria sido causado quando Luciula tentou denunciar uma rinha de galo.

"Eu fico p... quando vejo uma vereadora invadindo a casa de um cidadão, igual a essa vereadora de Goiânia que se diz protetora de animais. Arrebenta o portão da casa de um cidadão, sem mandado, sem ordem judicial, porque ela também não é polícia, nem com ordem ela podia, e invade uma casa. Para mim, merecia um tiro na cara", declarou Ribeiro.

É uma luta do nosso governador [de Goiás] Ronaldo Caiado [DEM] há 30 anos atrás, que é o direito à propriedade. (...) Quem entra dentro do que não é seu, invade o que não é seu, não merece nem viver.
Amauri Ribeiro

Na sexta-feira (6), a Câmara Municipal de Goiânia se manifestou contra o ocorrido, disse que a fala de Amauri foi em "tom de ameaça" e afirmou que tomará as medidas legais cabíveis "em defesa da honra e do livre direito de atuação" da vereadora Luciula do Recanto.