CPI impôs vacina quando governo Bolsonaro queria cloroquina, diz Randolfe
Eduardo Militão
Do UOL, em Brasília
26/10/2021 13h41Atualizada em 26/10/2021 13h41
O vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou nesta terça-feira (26) que a comissão de inquérito "impôs" ao governo federal a necessidade da vacinação em massa da população. Ele disse ao UOL que isso foi feito enquanto a gestão de Jair Boslonaro (sem partido) ainda apostava no uso da cloroquina, um remédio ineficaz contra o coronavírus e não recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde.
"Quantos brasileiros estavam vacinados em 27 de abril?", disse o senador à reportagem. "Quantos estão vacinados hoje? Não é o Jair Bolsonaro, que comparou vacina à contaminação de Aids que fez isso. Foi a CPI. A CPI forçou a vacinar."
A vacinação foi imposta pela CPI. O governo queria cloroquina"
Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid
Ele fez as afirmações logo depois de o senador Renan Calheiros (MDB-AL) ler seu relatório, em que pediu o indiciamento de 79 pessoas, como Bolsonaro, e duas empresas.
Segundo Randolfe, além de forçar a vacinação em massa, CPI deu mais duas contribuições à sociedade brasileira: investigações sobre suspeitas de crimes de corrupção e contra a saúde pública.
"Sem a CPI, ninguém sabia do esquema da Covaxin, da Precisa. Sem CPI, não teria denúncia do caso Prevent."
Randolfe prevê que a votação dos relatórios de Renan e dos da base aliada só começarão depois das 18h.