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Sem citar Moro, Bolsonaro diz que 'agora' tem um bom ministro da Justiça

"Agora temos um bom ministro da Justiça, diferentemente de lá no passado", disse Bolsonaro no Paraná Imagem: Marcos Corrêa/PR

Do UOL, em São Paulo

05/11/2021 18h18Atualizada em 05/11/2021 18h38

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) elogiou hoje o diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino, e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, dizendo que "agora" a pasta tem um bom chefe — uma possível indireta ao ex-juiz Sergio Moro, o primeiro a ocupar o cargo em seu governo.

A declaração foi feita no momento em que o presidente comentava sobre a decisão do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) que pode reabrir o processo da facada sofrida por ele em 2018, em Juiz de Fora (MG), ainda durante a campanha eleitoral.

"Agora vamos ter quebras dos sigilos telefônico, fiscal, imagens. Vamos chegar, realmente, no final da linha. Foi da cabeça dele [Adélio Bispo] aquela tentativa ou não? Eu acho que não, até pela estrutura que ele tinha junto de si. Agora a Polícia Federal tem um bom comandante, temos um bom ministro da Justiça, diferentemente de lá no passado", disse Bolsonaro, durante agenda em Ponta Grossa (PR).

E não queremos a verdade por revanchismo, é a verdade pela verdade. Lá atrás eles não queriam, até hoje não querem, desvendar o caso Celso Daniel. Me interessa desvendar o caso Marielle [Franco], o caso Jair Bolsonaro em Juiz de Fora... Isso é salutar para todos nós. A verdade tem que ser, realmente, o nosso norte.
Jair Bolsonaro, em discurso

O presidente já havia feito afirmação semelhante em depoimento prestado na quarta-feira (3), no âmbito do inquérito em que é acusado de ter tentado interferir na Polícia Federal. Este caso foi o que levou Moro a deixar o governo, em abril de 2020.

Na ocasião, Bolsonaro afirmou ter trocado o comando da PF porque o então ministro da Justiça não teria tido "empenho" em investigações, em especial sobre a da facada que recebeu durante a campanha presidencial, em 2018. Dois inquéritos sobre o caso foram concluídos mostrando que o autor do crime, Adélio Bispo de Oliveira, agiu sozinho, ao contrário do que argumenta parte dos aliados do presidente.

"QUE não observou nenhum empenho do ex-ministro SERGIO MORO em solucionar o assunto; QUE houve uma apresentação do delegado responsável peia investigação do atentado com a presença do ex-ministro SERGIO MORO", disse Bolsonaro à PF. E continuou: "QUE não fez nenhum tipo de pedido na direção da investigação ou qualquer outra interferência no andamento dos trabalhos".

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