Rio: vereador Gabriel Monteiro vira réu após filmar sexo com adolescente
Colaboração para o UOL
18/05/2022 08h36Atualizada em 18/05/2022 11h04
O vereador do Rio de Janeiro Gabriel Monteiro (PL) virou réu após a Justiça aceitar denúncia feita em abril pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) por filmagem feita pelo parlamentar durante relação sexual que manteve com uma adolescente.
O juiz em exercício do VII Juizado da Violência Doméstica, Marcelo Almeida de Moraes, determinou, no início de maio, o prazo de dez dias para Monteiro apresentar defesa, indicar testemunhas e provas.
"Presentes os pressupostos legais autorizadores do exercício do direito de ação penal, recebo a denúncia", escreveu o juiz.
Por meio de nota enviada ao UOL, a assessoria de imprensa voltou a dizer que a adolescente teria afirmado ao vereador, à época, que possuía 18 anos de idade. A assessoria afirmou ainda que vai apresentar todas as provas, cumprindo o ritual do processo.
Em abril, o vereador afirmou que não sabia que a menina com quem teve relações sexuais tinha 15 anos, bem como disse não ser o responsável pelo vazamento dos vídeos.
Denúncia contra Gabriel Monteiro
O vereador do Rio de Janeiro Gabriel Monteiro (PL) foi denunciado no dia 8 de abril por ter filmado vídeos em que ele faz sexo com uma adolescente de 15 anos.
A 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial da área Zona Sul e Barra da Tijuca afirmou que a vítima conheceu Gabriel numa academia do condomínio onde o vereador mora.
Monteiro é acusado de quebra de decoro parlamentar, pela prática de supostos estupros e episódios de assédio sexual e moral, além de manipulação de vídeos e infração a direitos de uma criança que foi protagonista de um vídeo gravado por ele. O vereador nega todas as acusações, que atribuiu a adversários políticos que quereriam destruí-lo.
Ontem, o Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio de Janeiro rejeitou pedido do vereador para anular o processo disciplinar contra ele.
O Conselho se reuniu para ouvir o parecer da Procuradoria da Câmara sobre os supostos vícios jurídicos no processo, apontados por Monteiro em sua defesa prévia. O argumento foi rechaçado pela Procuradoria. Por isso, o Conselho indeferiu o pedido de Monteiro e deu prosseguimento ao processo, marcando os primeiros quatro depoimentos.