Mark Ruffalo, ator que interpreta Hulk, volta a criticar governo Bolsonaro
Em nova postagem nas redes sociais, o ator norte-americano Mark Ruffalo voltou a criticar o atual governo brasileiro. Sem citar diretamente o nome do presidente Jair Bolsonaro, o ator afirmou que "enquanto 33 milhões de brasileiros passam fome, seu governo tuíta bobagens em vez de usar seu poder para lutar para mudar este cenário ou proteger as florestas e os direitos dos povos indígenas".
O comentário de Ruffalo, que interpreta o personagem Hulk nos filmes da Marvel nos cinemas, foi feito pelo Twitter e se referia a uma matéria a respeito da fome no Brasil.
Na postagem, Ruffalo também marcou o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e disse esperar que ele "responsabilize seus homólogos" —uma referência ao presidente brasileiro, Jair Bolsonaro.
Em viagem aos Estados Unidos para a Cúpula das Américas, Bolsonaro participa neste sábado (11) de motociata em Orlando, no estado da Flórida.
Críticas pela internet
Durante a semana, Ruffalo e Bolsonaro já haviam trocado farpas pelo Twitter. Na segunda-feira (6), o ator afirmou que era preciso escolher entre o presidente brasileiro e a Floresta Amazônica. "A Amazônia está sob ataque. E sabemos de onde vêm as bombas. De que lado você está?", disse Ruffalo.
Na quinta-feira (9), Ruffalo marcou o presidente Joe Biden no Twitter e fez um alerta. Ele disse que o presidente dos EUA iria se encontrar com um homem que "não respeita a democracia e ameaça consistentemente um golpe". Em outra postagem, comentou o desaparecimento do indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira e do jornalista britânico Dom Philips na Amazônia.
Também na quinta-feira, Bolsonaro tuitou, em inglês, uma resposta ao ator, a quem chamou de "Mark Ruffles". O presidente brasileiro sugeriu que o ator leia a Constituição brasileira para descobrir que ele não está "apenas respeitando, mas protegendo o estado de direito do Brasil".
O presidente brasileiro também disse que a esquerda quer "controlar a imprensa, coibir a liberdade de expressão, censurar a internet e apoiar financeiramente ditaduras como Cuba e Venezuela".
Bolsonaro se comparou ainda ao Capital América —outro herói dos filmes da Marvel —e citou Thanos, um vilão no cinema.
"Deixe-me simplificar: se o Capitão América foi eleito por +55 milhões de pessoas e Thanos, que é estrangeiro e não sabe nada sobre os EUA, tenta interferir no território ou processo eleitoral americano, é Thanos e não o Capitão que está desrespeitando a democracia", escreveu na ocasião.
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