Topo

Esse conteúdo é antigo

Damares: 'Criança veste a cor que o pai e a mãe quiser e acabou'

Ex-ministra da Damares Alves - Alan Santos/PR
Ex-ministra da Damares Alves Imagem: Alan Santos/PR

Do UOL, em São Paulo

18/06/2022 18h18

A ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos e pré-candidata ao Senado Damares Alves (Republicanos) disse que sofreu preconceito por ser evangélica quando assumiu o cargo no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) e falou ter sido alvo de piadas por seus posicionamentos.

Em entrevista ao site Poder360, Damares relembrou uma frase sua que viralizou logo no início do mandato de Bolsonaro, em 2019 e reafirmada em março deste ano: "Menino veste azul e menina veste rosa".

"A família tem autonomia na educação dos seus filhos. A criança veste a cor que o pai e a mãe quiser e acabou, porque estava havendo um patrulhamento no Brasil de que menina não podia vestir mais rosa nem menino podia vestir azul no Brasil, tá? Não era eu que estava impondo. É que não estavam querendo deixar", falou.

"Então, é polêmico falar de azul e rosa? Meu Deus, então o Brasil não sabe o que é ser polêmico. É polêmico falar que uma criança crê em Jesus? Então o Brasil não sabe o que é ser polêmico", completou.

A ex-ministra também disse que, nesse episódio, "riram da minha história, riram das crianças que acreditam em Jesus". A pré-candidata, que é pastora, afirmou ter enxergado "perseguição religiosa" contra ela.

"Não se podia pensar numa evangélica conduzindo uma pasta que a esquerda havia sequestrado", falou sobre o Ministério dos Direitos Humanos.

Damares também abordou sua candidatura ao Senado, que ela descreveu como "para valer", e disse ter vantagem por conseguir dialogar "além do público religioso, além do público conservador raiz".

Bolsonaro pode indicar mais evangélicos ao STF

A ex-ministra fez previsões para um possível segundo mandato de Bolsonaro. Caso o presidente vença as eleições deste ano, ele poderia indicar mais dois ministros ao STF (Supremo Tribunal Federal) e Damares falou ser "lógica" a recomendação de candidatos que compartilham a fé dela.

Vai ser tão natural ter mais ministros de evangélicos no Supremo, porque há uma indicação de que, em 8, 10 anos, os evangélicos serão metade? Sim, serão mais de 40% da população brasileira. Então, é uma questão muito óbvia
Damares Alves

Ano passado, o presidente contou estar buscando um "ministro terrivelmente evangélico", o que resultou na indicação e condução de André Mendonça ao cargo de ministro do Supremo.