PTB lança Roberto Jefferson candidato 'para falar o que Bolsonaro não pode'
O PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) oficializou, na manhã de hoje, a candidatura do ex-deputado federal Roberto Jefferson ao Palácio do Planalto —ele cumpre prisão domiciliar por envolvimento com organização criminosa.
No evento de lançamento, o deputado federal Daniel Silveira (PTB) afirmou que não se trata de um movimento de "traição" do PTB ao presidente Jair Bolsonaro (PL), e sim de "apoio".
Silveira declarou ao público que Jefferson poderá "expor aquilo que Bolsonaro não pode sem que seja perseguido", como ataques contra a esquerda e ao STF (Supremo Tribunal Federal).
"Quando as pessoas compreenderem o que o Roberto está buscando fazer, em apoio ao presidente Bolsonaro, para que ele possa expor aquilo que o Bolsonaro não pode sem que seja perseguido. O Roberto já é preso, o que mais vão fazer? Não tem mais o que o Alexandre [de Moraes] fazer contra ele", afirmou Silveira, citando o ministro do STF que determinou sua prisão no ano passado.
Em abril, Silveira foi condenado a oito anos e nove meses de prisão pelo STF. No dia seguinte, Bolsonaro concedeu ao parlamentar o instituto da graça, que é uma prerrogativa do presidente da República para extinguir a condenação de uma pessoa.
"O que ele [Jefferson] vai fazer é um serviço à sociedade, entregando a verdade contra alguns ministros da Suprema Corte para que o presidente Jair Bolsonaro possa seguir tranquilo sua candidatura contando com o apoio de toda a bancada 'PTBista'".
Silveira é candidato do PTB para o Senado —no entanto, está inelegível devido a insultos e ameaças diretos a ministros do STF.
Roberto Jefferson condenado
Jefferson foi preso, em primeiro momento, em fevereiro de 2014 por envolvimento no escândalo do Mensalão, cometendo crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. No entanto, foi liberado em maio de 2015 para a prisão domiciliar e perdoado em 2016.
Em 2021, porém, foi preso novamente, com determinação do ministro Alexandre de Moraes, por envolvimento com uma organização criminosa. Essa foi investigada por atacar as instituições, desacreditar o processo eleitoral, reforçar a polarização e promover o descrédito dos Poderes da República, segundo a PF (Polícia Federal).
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